Vídeo da APP denuncia falta de funcionários(as) nas escolas após a  terceirização

Vídeo da APP denuncia falta de funcionários(as) nas escolas após a  terceirização

Governo Ratinho gasta R$ 10 milhões a mais por mês para colocar menos agentes educacionais nas escolas

A falta de funcionários(as) tem criado um quadro desolador nas escolas da rede pública estadual, depois da volta às aulas presenciais e da demissão de 9.700 servidores PSS, que não foram repostos em número suficiente. A situação é denunciada pela APP-Sindicato no vídeo “Sem Agente, a Escola Para”, lançado nessa terça-feira (24). O Governo do Paraná gastava R$ 18 milhões com os(as) funcionários(as) PSS e agora está gastando R$ 28 milhões para colocar 8.637 agentes educacionais nas escolas.

O vídeo da APP mostra funcionários(as) sobrecarregados de trabalho, pois não há número suficiente deles(as) para manter as escolas funcionando. “Infelizmente o governo não tem disponibilizado número suficiente de funcionários(as) nas escolas”, constata Nádia Brixner, secretária de Funcionários da APP-Sindicato. “A terceirização não funciona. As escolas não têm funcionários… a escola simplesmente adoece”, afirma no vídeo o secretário da Mulher Trabalhadora e Direitos LGBTI, Clau Lopes.

Os dados obtidos pela APP mostram que a terceirização do trabalho de agentes educacionais é um fracasso, pois custa mais caro e não entrega a “eficiência” prometida por Ratinho Jr. O Governo do Estado fez contratos de seis meses e de um ano com empresas que obtêm lucro fácil com o dinheiro público. No total, elas vão embolsar R$ 193.978.414,10 por esses contratos.

Uma análise dos valores dos contratos mostra incongruências nos valores pagos a empresas com números equivalentes de funcionários(as) terceirizados(as) nas escolas. As empresas Soluções e Tecnolimp, por exemplo, têm contratos para “fornecer” 1.031 e 1.024 trabalhadores(as), respectivamente, mas a segunda recebe mensalmente R$ 3.355.213,23 a primeira recebe R$ 3.916.297,14 – uma diferença de mais de R$ 500 mil por oito funcionários a mais.

Há incoerência também entre contratos de uma mesma empresa. A Soluções tem outro contrato para “entregar” 306 funcionários(as) de escola, pelo qual recebe mensalmente R$ 871.275,26. Nesse caso, o número de trabalhadores(as) aumentou 3,3 vezes de um contrato para outro, mas o valor cresceu 4,5 vezes.

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