Começa na sexta-feira (6) em Curitiba o VI Encontro Regional de Educação de Jovens e Adultos (VI Ereja Sul), que tem como tema “Educação, Democracia e Participação Popular: Fundamentos para uma Política Pública Nacional de EJA. O encontro prossegue no sábado (7) e no domingo (8), no campus Reitoria da UFPR.
O Ereja Sul é um encontro de articulação e de trabalho em que os Fóruns de EJA dos três estados da região Sul debatem a realidade da educação e formulam propostas de políticas públicas.
A APP integra o Fórum Paranaense de EJA e participa da organização do Ereja-Sul. É possível se inscrever gratuitamente até sexta-feira (6) para a solenidade de abertura, preenchendo esse formulário.
O VI Ereja Sul vai reunir estudantes de EJA e do Ensino Superior, professoras(es) da Educação Básica e do Ensino Superior, gestores(as), representantes de movimentos sociais, sindicais e de ONG’s do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A abertura do Encontro, às 19h de sexta-feira (6), terá a presença da professora Cláudia Borges Costa, diretora de Políticas de Educação de Jovens e Adultos da SECADI/MEC e com conferência da Prof. Dra. Andrea Gouveia (UFPR) e da Prof, Dra. Rita de Cássia Pacheco Gonçalves (UFSC).
Participarão da abertura representantes do Conselho Estadual de Educação, da Câmaras de Vereadores, das Assembleias Legislativas, da Câmara dos Deputados, das Instituições de Ensino Superior, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos sindicatos de trabalhadores da educação.
A programação do sábado (7) começa com mesa de debate das 8h30 às 10h30, com o tema “Desafios para a Construção de uma Política Pública Nacional de EJA” e participação de Cláudia Borges Costa, Flávia Gonzales, Maria Herminia Laffin e Edinéia Fátima Chilante Navarro. Das 10h45 às 12h grupos vão se reunir por segmento: estudantes, gestores, professores, pesquisadores e movimentos social/sindical
Na tarde de sábado (7), das 13h30 às 15h30, os grupos vão se reunir por temas, que são: Da luta pela democracia ao direito à EJA: a educação libertadora e currículos emancipatórios na vida de estudantes da classe trabalhadora; Política Pública Nacional para a EJA: os investimentos e a garantia do direito à garantia do direito à educação da classe trabalhadora; e Ações dos Fóruns de EJA como instrumento político na luta pela democracia e pelo direito à educação pública: formação política, diálogo e inserção dos movimentos sociais.
As plenárias do EREJA Sul acontecerão na manhã de domingo (8), das 8h30 às 10h, no Anfiteatro 500 da UFPR. Das 10h00 às 11h30 acontecerá a Mesa Sabores e Saberes e às 11h30 o encerramento cultural.
Realidade
O Brasil tem 11 milhões de pessoas acima de 15 anos de idade que não foram alfabetizadas e, em torno de 70 milhões de pessoas jovens, adultas e idosas, que não concluíram a Educação Básica.
A oferta de EJA não atinge sequer 5% desta demanda. O Censo Escolar de 2022 revela que o total de alunos na EJA da educação básica caiu de 3.545.988 em 2018 para 2.774.428 em 2022 – uma redução de 22%.
A EJA representa o direito à educação do povo pobre, majoritariamente negro, que vive no campo e nas periferias do Brasil, a exemplo dos quilombolas, indígenas, ribeirinhos, privados de liberdade, sem-terra, sem teto, trabalhadores desempregados, trabalhadores que vivem na informalidade, em situações de rua, mulheres, pessoas com deficiências, população LGBTQIA+ e das juventudes, que têm em comum a condição de classe trabalhadora.