Verbas do Fundeb não serão limitadas pelo arcabouço fiscal, afirma relator do projeto no Senado APP-Sindicato

Verbas do Fundeb não serão limitadas pelo arcabouço fiscal, afirma relator do projeto no Senado

Se confirmada, mudança no projeto aprovado na Câmara dos Deputados preserva os investimentos em educação e será uma vitória da luta da APP e da CNTE

As verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) serão retiradas do novo arcabouço fiscal, afirma o relator do projeto no Senado, Osmar Aziz (PSD). 

Caso se concretize, a alteração no projeto aprovado na Câmara dos Deputados preserva os investimentos e representa uma vitória da luta da CNTE, APP e demais sindicatos e movimentos em defesa da educação pública.

A informação foi confirmada em entrevista após reunião, nesta quinta (25), dos líderes com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. 

A previsão é que o relatório do arcabouço fiscal seja votado no dia 21 de junho na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Se for aprovado com as mudanças propostas pelo relator, o projeto será votado novamente na Câmara dos Deputados. O relator também mencionou articulações feitas com o presidente da Câmara, Arthur Lira. Caso o relatório seja aprovado, o projeto retornará para análise dos(as) deputados(as).

A APP e a CNTE mantêm a mobilização, pressionando os(as) parlamentares para que o Fundeb fique fora do arcabouço, que vai substituir a Emenda Constitucional 95, o “Teto de Gastos” do governo de Michel Temer (MDB).

O Sindicato avalia que qualquer restrição ao Fundeb inviabiliza os investimentos necessários para permitir o acesso universal à educação no país.

Histórico

A proposta original do Marco Fiscal, enviada ao Congresso pelo Governo Federal, deixava o Fundeb de fora dos limites de gastos. Na Câmara dos Deputados, o texto foi alterado pelo relator e aprovado em plenário incluindo o Fundo nas limitações.

Após a aprovação na Câmara, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) publicou nota repudiando o resultado da votação. “Esperamos que, no Senado Federal, a sociedade seja ouvida e respeitada, a fim de que o novo arcabouço fiscal não reedite os equívocos da EC 95, responsável pelo crescimento recorde da miséria no Brasil e por sucessivos cortes e contingenciamentos no orçamento da União”, dizia a nota.

Para a CNTE e para a APP, qualquer limitação ao Fundeb pode comprometer o bem-estar da população e o desenvolvimento do país, limitando as possibilidades de valorização dos(as) profissionais da educação e de ampliação do acesso ao ensino.

MENU