Computadores de parte das escolas da rede estadual do Paraná podem ser utilizados para acessar notícias falsas, pornografia, sites de apostas e outros conteúdos impróprios para menores. A falta de um filtro adequado motivou uma denúncia da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES). O fato repercutiu na coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
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A Seed admitiu à coluna a existência do problema. De acordo com a Secretaria, 297 escolas da rede pública (14% do total) não têm filtros de conteúdo pois estão desconectadas da rede do estado, administrada pela empresa pública de telecomunicações.
De acordo com a pasta, a maioria dessas instituições está na zona rural e por isso contrata uma rede de provedores locais privados, cuja “eficiência desse filtro [de controle] é pequena”.
A presidenta da Upes, Mariana Chagas, ressalta que a situação é preocupante também porque é permitido que os alunos acessem portais que veiculam notícias falsas, o que favorece a disseminação da intolerância e do ódio na sociedade.
A solução apresentada pela Seed à Folha de S. Paulo é aguardar até o final do ano, quando a Secretaria planeja implementar em todas as escolas tecnologia para bloquear conteúdo impróprio não apenas na rede, mas também nos computadores dos colégios e nos celulares dos alunos conectados à internet.