Uma última dança para manifestar contra o fim do Balé do Teatro Guaíra

Uma última dança para manifestar contra o fim do Balé do Teatro Guaíra


Divulgação: Michel Juliano

Os(as) bailarinos(as) e músicos(as) do Teatro Guaíra farão, nesta quinta-feira, (23), uma evento de despedida, às 17h30, na Praça Santos Andrade, em frente ao Teatro Guaíra. O espetáculo será um “Adeus” a uma parte importante da história cultural do Paraná: o fim do atual grupo artístico do Guaíra. Os(as) artistas estão em protesto contra o resultado de ação do Ministério Público estadual que considerou inconstitucional a contratação do corpo de baile e orquestra do Teatro

O corte do repasse destinado ao pagamento dos(as) artistas soa incompatível com os altos gastos com publicidade que o governo investe ajuda a mascarar a realidade. Só em 2017, gastará até R$140 milhões.

Uma das bailarinas organizadoras da manifestação, Ane Adade, afirmou que os profissionais estão “sem apoio”. “Nós  não temos direito a nada, nem seguro desemprego, nem FGTS ou coisa parecida. A comunicação do governo com os bailarinos e os músicos da orquestra é quase zero, não sabemos o que vai acontecer a seguir. Desde que os cargos foram considerados inconstitucionais nós nos aproximamos muito da Secretaria de Cultura e, de repente, não se fala mais sobre o assunto”, afirmou.

A previsão é que o processo seletivo aconteça em meados de abril. Até lá, o Teatro vai ficar sem Balé.  “É um fechamento de ciclo porque o balé não vai mais existir da forma como existe. Nós tínhamos uma agenda de espetáculos fechada neste ano, com apresentações na Espanha e em várias cidades do Brasil, agora não sabemos se vai acontecer. Se o processo seletivo existir e outras pessoas forem contratadas demora um período longo para a sincronização da equipe”, explicou.ulares vão dançar juntos, na rua, em forma de protesto. Segundo os organizadores, toda a população está convidada a participar do evento.

Cargos – A decisão judicial abarca os profissionais do Teatro Guaíra que foram contratados a partir de uma lei de 2003, do governo Roberto Requião. À época foram criados 81 cargos em comissão para o Teatro Guaíra: 31 para o administrativo e 50 para o setor artístico. Essa foi uma solução paliativa encontrada pela gestão passada para contornar o problema de falta de pessoal, que por sua vez foi gerado pela falta de concurso público. O último aconteceu há quase 20 anos, em 1997.  (Fonte: Portal Paraná)

A APP-Sindicato defende a contratação de trabalhadores(as) por concurso público. Na situação dos(as) artistas do Teatro Guaíra o que revolta é a forma como os(as) funcionários estão sendo demitidos(as) – nenhum edital com a possibilidade de concurso foi ainda divulgada. O corte de gastos aplicado na demissão de trabalhadores(as) de carreira na área da cultura não é a melhor solução para as economias que o Estado precisa fazer. Por isso, hoje (23) vamos ao espetáculo na rua!

Para não esquecer :

 

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