Um governo a favor de si mesmo

Um governo a favor de si mesmo

*Por Luiz Fernando Rodrigues

Foto: Divulgação

O slogan adotado pelo governo do Paraná não condiz em nada com sua prática. Um governo “a favor dos paranaenses” jamais desenvolveria ações com objetivos inteiramente eleitoreiros e de ataque a maioria da população.

Richa foi o primeiro no Brasil a quebrar o Estado e por isso foi pioneiro em realizar um ajuste fiscal.

Em seu primeiro mandato optou pela propaganda e manutenção da sua imagem, sua principal marca e que o elegeu em 2010. Ao final de seu primeiro governo qual foi a marca que deixou? Nenhum grande investimento, nenhuma grande obra, apenas marketing. E foi reeleito assim.

Assumiu de si mesmo um Estado “quebrado” e decidiu por um ajuste fiscal que tinha um foco: os servidores públicos e a população mais pobre. Optou por privilegiar as empreiteiras, os grandes empresários, o judiciário, enfim quem realmente o reelegeu.

De uma tacada só quis acabar com direitos dos servidores que, por usa vez se rebelaram e, mesmo diante de um verdadeiro “massacre” em praça pública, resistiram e impediram que deputados do camburão acabassem com suas carreiras. Richa, porém, conseguiu a custa de muito sangue dos trabalhadores, autorização para sequestrar mais de 5 bilhões da aposentadoria dos servidores e aumentar impostos à população. IPVA, tarifa de água e luz, ICMS de produtos da cesta básica, tudo mais caro para o trabalhador.

Além de quebrar o Estado, conseguiu aí quebrar a sua imagem. Mostrou-se um verdadeiro “carcará das araucárias”, quase babando de ódio a cada vez que ouvia falar de sindicatos e servidores.

Optou, então em continuar e, com seu fiel escudeiro importado Mauro Ricardo decidiu aprimorar e aprofundar os ataques aos servidores. O arrocho continuou com congelamento de salários e corte de investimentos principalmente em áreas como saúde e educação. Nessa última, como maior serviço público prestado e maior número de servidores, as maldades foram ainda maiores: punição por ficar doente, redução de salários, fechamento de escolas, projetos e turmas, corte de recursos para as escolas, ataque à democracia.

Claro não podemos desvincular a análise do cenário nacional. Tivemos um governo Richa antes e outro após o golpe. Apesar do desejo e do projeto de um Estado mais à direita, havia, antes de assumir o usurpador Temer, certa resistência. Com o golpe, o governo do Paraná conseguiu apoio em nível federal para aprofundar suas medidas aqui. E, sempre, como foco os “privilegiados” que atendem os filhos da classe trabalhadora nas mais de 2 mil escolas, nos hospitais públicos. Direito à reposição salarial e a condições dignas de trabalho viraram “regalias” na boca daqueles que decidiram tirar comida da boca de quem menos ganha.O resulta foi a distribuição de milhões em recursos aos prefeitos em busca de apoio nas eleições deste ano.

Temos difíceis que exigem de cada um e cada uma muita resistência. Não é tempo de sossego, não há tempo para descanso. É preciso vigilância constante e muita organização e disposição para lutar e defender nossos direitos.

A favor dos Paranaenses sempre estaremos, principalmente daqueles e daquelas que mais sofrem pelas mazelas de um governo a favor dos mais ricos!

*Luiz Fernando Rodrigues, secretário de Comunicação da APP e funcionário de escola.

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