As cores do protesto e da resistência coloriram o Plenário da Assembleia Legislativa do Estado o Paraná (Alep), na manhã dessa sexta-feira (31). Trabalhadores(as) de diversas categorias estiveram no local para a participar da audiência pública que debateu a proposta de Reforma da Previdência, do governo Temer. Lideranças políticas e civis, que defendem a classe trabalhadora trataram, do ponto de vista dos(as) trabalhadores(as), das implicações que as alterações na concessão de aposentadoria e pensões trará ao Brasil.
Os(as) deputados(as) estaduais, federais, senadores(a), representantes de entidades como a Igreja Católica, Igreja Anglicana, centrais sindicais e sindicatos, entre eles a APP, organizam a resistência contra a proposta de Temer no debate com a comunidade. O que está acontecendo no Brasil é grave e afeta, justamente, quem tem os menores salários. “É a corrupção do parlamento, acabando com partidos, submetendo parlamentares ao financiamento privado. Essa precarização do parlamento dá suporte para a venda de direitos dos trabalhadores. A privatização da previdência é isso: é vender o direito de aposentadoria aos bancos”, denunciou o senador paranaense Roberto Requião.
O impacto econômico da medida foi outro dentre os vários fatores que têm a rejeição da categoria. Para a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, a Reforma causaria um empobrecimento da população mais idosa, isso depois de uma vida inteira de trabalho contribuindo para o desenvolvimento do país. “A cada 10 reais que circulam no país, 4 são oriundos de aposentados ou pensionistas. Nós não vamos deixar que esse governo gere ainda mais desempregos e que destruam ainda mais nossa economia. Se aprovada [a Reforma da Previdência], serão 10 anos de trabalho a mais para as mulheres, para o magistério serão 15. Essa gente n]ao sabe o que é uma dupla ou tripla jornada. Essa gente não sabe o que é trabalha nessas condições e com idade avançada”, defende a senadora.
O deputado estadual Requião Filho justificou a ausência do também senador pelo Paraná, Alvaro Dias e afirmou que ele também é contra a reforma da Previdência. A APP-Sindicato reafirma que defender o direito à uma aposentadoria digna é dever de todo cidadão. “O Brasil sofre um novo golpe e é tarefa de todas e todos ocupar as praças, ruas, os espaços públicos para barrar o desmonte geral em curso no país”, reforça o presidente do Sindicato, professor Hermes Silva Leão. “Mulheres, trabalhadores rurais e professores deverão ser os mais prejudicados caso este projeto seja aprovado e temos que lutar para que isso não aconteça”, afirmou Hermes.
Hoje (31) à tarde em Curitiba, tem ato em defesa da sua vida profissional e direito à férias, aposentadoria no momento certo e qualidade de vida: na Praça Carlos Gomes, às 19h! (Veja aqui)