Durante a manhã desta terça-feira (26), Professores(as) e Funcionários(as) de escola estiveram mobilizados em frente a Secretaria de Estado da Educação (Seed) para denunciar a redução de horas aulas de Filosofia, Sociologia e Arte no Estado do Paraná. Os(as) Educadores(as) denunciam também o retorno das atividades presenciais nas escolas, pois coloca em risco a dos(as) trabalhadores(as) e estudantes e os ataques do governador Ratinho Jr e do Secretário da Educação, o empresário Renato Feder, aos trabalhos e direitos da categoria.
Ao longo da manifestação, os(as) presentes destacaram que a medida instaurada pela instrução normativa 011, representa um retrocesso para a educação pública paranaense, já que matérias como Filosofia, Arte e Sociologia auxiliam os(as) alunos(as) a desenvolverem senso crítico, além de sobrecarregar e ameaçar empregos de milhares de profissionais das respectivas disciplinas.
De acordo com Carolina Maria Amaral, Professora de filosofia e integrante do Coletivo Humanidades, grupo que reúne professores(as) das disciplinas, o conjunto de profissionais têm lutado desde o final do ano de 2020 para garantir que o governo revogue a portaria e mantenha as hora aulas, sem atacar o modelo já existente.
“Nós nos unimos não só como profissionais destas disciplinas, mas como pessoas interessadas na educação pública de qualidade. Nós temos outras instituições, movimentos estudantis, universidades e estamos construindo a resistência. Percebemos que nossos(as) alunos(as) estão perdendo o direito de ter uma educação integral e ser formados(as) como pessoas reflexivas, críticas e criativas. Isso também está sendo tirado. Não podemos tirar nada das escolas e sim agregar, por isso estamos na luta construindo também essa greve”. Destaca a professora.
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Os(as) Educadores(as) criticaram também a tentativa do Secretário da Educação de instituir a disciplina de Educação Financeira, alegando que esta deveria ser aplicada como um conteúdo complementar, auxiliando as demais disciplinas. A categoria aguarda que a Seed realize urgentemente uma reunião para debater as demandas prioritárias categoria, como a publicação da Resolução de distribuição de aulas, a contratação de professores(as) do Regime do Processo Seletivo Simplificado (PSS), a revogação da terceirização e prorrogação dos contratos de funcionários(as) de escola PSS, realização de concurso público, o reajuste da data-base e do piso mínimo regional, pagamento das progressões e promoções.
A APP-Sindicato realizou uma assembleia estadual no último sábado (23), onde a categoria deliberou por Greve Geral a partir do dia 18 de fevereiro caso o governo do Estado mantenha a decisão do retorno às aulas sem vacina e o desrespeito a vida e as condições de trabalhos dos(as) profissionais da educação.