Educadores(as) realizaram na quinta-feira (10) um ato em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo, em mobilização para manter os atendimentos do SAS no município e impedir a transferência para Assis Chateaubriand, como planeja o governo Ratinho Jr.
“Nós queremos um atendimento digno à saúde dos(as) nossos(as) servidores(as). Reivindicamos que o hospital credenciado pelo SAS tenha condições de atender nossa base e o conjunto dos(as) servidores(as) da região. O hospital de Assis não tem essas características, pois é um hospital de pequeno porte”, afirma Tereza Lemos, secretária de Administração e Previdência da APP.
A dirigente aponta que o hospital que assumiria os atendimentos em Assis é o único na cidade e acumula atendimentos particulares, pelo SUS e por convênios: “Se acrescentar as demandas do SAS, a situação vai ficar pior, em termos de demanda”.
Outro problema, alerta Tereza, é que o hospital de Assis não tem estrutura para atender casos de média complexidade. “Esses casos eles encaminham para outros hospitais da região. Então se pergunta como vai dar conta de atender as demandas do SAS”, diz.
Ato unificado
A mobilização em Toledo reuniu sindicatos de diversas categorias de servidores(as) estaduais, que estão indignados(as) com a licitação que definiu o Hospital Beneficente Moacir Micheletto, de Assis Chateaubriand, como responsável pelos atendimentos aos municípios da região de Toledo, que atualmente são atendidos pelo Hospital Bom Jesus.
Depois do ato em frente ao NRE, os(as) manifestantes se reuniram com o Chefe do Núcleo, José Carlos Guimarães. Ele sugeriu aos sindicatos agendar reunião com a Secretaria da Administração e Previdência do Paraná (Seap), pois o Núcleo não teria poder para decidir sobre a permanência do SAS em Toledo.
A mudança do SAS para Assis Chateaubriand prejudicaria os(as) servidores(as) que são atendidos em Toledo, avalia a professora e presidente do Núcleo Sindical de Toledo, Marilene Alves de Abreu. “A distância de Toledo a Assis é de 50 km e a estrada é ruim. As pessoas, em casos de emergência, vão procurar o SUS em Toledo, em vez de ir até Assis para serem atendidas pelo SAS”, explica.
Marilene afirma que a licitação da transferência ainda não está completa e é possível reverter o processo.
A transferência dos atendimentos de Toledo para Assis preocupa também a presidenta do Núcleo Sindical de Assis, professora Rita Krug Dias. “O Hospital Micheletto ficará sobrecarregado. Queremos a permanência do SAS em Toledo. Em Assis não tem todos os médicos e assistência médica que tem o Bom Jesus”, afirma.
A mobilização em Toledo é organizada pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES). “É importante essa reunião de vários sindicatos. Todos representam os servidores, então tem que ser uma luta conjunta, para ela seja maior e a gente consiga ter um bom resultado com essas mobilizações e nossa organização na defesa da permanência do SAS em Toledo”, afirma Marilene.