Durante a manhã de sexta-feira (12), servidores(as) do estado do Paraná participaram de um ato público em frente ao Núcleo Regional Educacional de Curitiba. A mobilização teve como objetivo chamar mais trabalhadores(as) para aderirem à greve, além de denunciar as práticas antisindicais e ataques a classe da educação por parte da Secretaria da pasta (Seed), sob o comando de Renato Feder.
Mesmo realizando um ato pacífico, a segurança do local agiu de forma truculenta, chegando à agredir um professor que panfletava. Segundo o secretário executivo da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI, Clau Lopes, a ação foi totalmente desproporcional e deixa clara a intenção de tratar os(as) trabalhadores(as) em greve de forma agressiva.
“Um segurança do ParanáPrevidência foi para cima do professor que tentou entrar no Núcleo Regional. Ele jogou o professor no chão e de imediatamente fechou a porta, sem qualquer debate ou diálogo”, conta Clau Lopes.
Após a agressão, os(as) servidores(as) presentes exigiram uma reunião com a chefe do NRE, que após o ocorrido atendeu uma comissão, a qual levou a denúncia sobre a agressão e as pautas da categoria.
Acampamento em frente à porta do Palácio
O acampamento na porta do Palácio iniciou na manhã desta quarta (10) logo após os(as) servidores(as) deixarem a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Já na manhã desta sexta-feira, esposas dos policiais militares e bombeiros militares aderiram ao acampamento, e se instalaram em barracas junto com os demais trabalhadores(as). Mais de 60 pessoas estão alojadas no local.
Em greve desde o dia 25 de junho, os(as) trabalhadores(as) reivindicam, entre outras pautas, a reposição salarial. A data-base do funcionalismo venceu no dia 1º de maio e o índice da inflação no período foi de 4,94%. Com os rendimentos congelados desde 2016, as perdas acumuladas passam de 17%.
Assembleia Estadual
A APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná marcou para às 8h30 deste sábado (13), em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, uma assembleia estadual da categoria. Professores(as) e funcionários(as) das escolas da rede pública estadual vão se reunir em frente a sede do governo para avaliar a greve unificada dos(as) servidores(as) públicos e deliberar novas ações do movimento.