Os(as) educadores(as) dos municípios de Inácio Martins e Prudentópolis continuam resistindo, em greve para garantir a implementação do piso salarial em suas cidades.
Mesmo sob as adversidades, os(as) trabalhadores(as) não arredaram o pé e estão se mobilizando, em um calendário que inclui manifestações, passeatas, carreatas e concentração em frente às prefeituras para manifestar a insatisfação com a atitude do poder público municipal.
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Em Inácio Martins, os(as) trabalhadores(as) cobram reajuste de 33,24%, com uma adesão de 100% das escolas da cidade. Embora a luta no município seja enorme, a prefeitura ainda não atendeu os(as) trabalhadores(as).
“Os(as) professores(as) estão bem firmes e não voltarão ao trabalho enquanto a prefeitura não apresentar uma proposta concreta de reajuste. Os(as) trabalhadores querem que seja implementado o piso na carreira”, explica Tatiana da Maia, presidenta do Núcleo Sindical de Irati.
Já em Prudentópolis, a greve iniciou com aproximadamente 90% da categoria, mas devido às constantes ameaças e pressão por parte da prefeitura, o movimento conta 65% da categoria em greve.
Até o momento, o prefeito concedeu 14,58% em maio, com efeitos retroativos a janeiro, mas a carreira apresenta ainda uma defasagem de 31,83% em relação ao piso nacional.
O secretário executivo de Assuntos Municipais da APP, Antônio Marcos Gonçalves, está acompanhando a mobilização no município e aponta que a categoria continuará mobilizada até que a prefeitura resolva negociar com os(as) trabalhadores(as).
“A greve é o elemento mais forte com que a categoria pode contar para superar esse processo de destruição pelo qual estão passando muitos municípios. É sempre muito difícil tomar esse tipo de decisão, mas quando se decide é necessário o fortalecimento para que de fato se avance nas negociações.”, enfatiza o secretário.
A APP, que acompanha de perto a situação nos municípios paranaenses, destaca que é importante que os trabalhadores(as) fortaleçam o diálogo com a base para garantir a ampla mobilização e consequentemente a implementação do piso em suas cidades.
“Mantenham-se firmes diante das pressões impostas pelo prefeito e secretária de Educação. O adversário trabalha sempre para dividir os(as) trabalhadores(as) e colocar dúvidas nas pessoas que aderem ao movimento, mas a APP está e sempre estará ao seu lado para apoiá-lo, ajudá-lo e defendê-lo”, completa Antônio Marcos.
Já a presidenta do Núcleo Sindical de Irati reforça que a implementação do piso é um direito dos(as) educadores(as) e uma obrigação da prefeitura.
“Nós precisamos lutar por aquilo que é nosso direito. O piso não foi instituído para ser teto e sim para ser o piso das carreiras de todos os municípios do Brasil. Quando os prefeitos não nos dão opções, a única forma de tentar negociar é com a nossa força de trabalho, por isso o povo tá na rua”, finaliza Tatiana da Maia
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