Servidores(as) conquistam emenda com 2,76% de data-base e governo manobra para derrubar votação

Servidores(as) conquistam emenda com 2,76% de data-base e governo manobra para derrubar votação

Maioria dos(as) deputados(as) assina proposta que corrige índice da reposição da inflação

A luta dos(as) servidores(as), após quatro semanas de pressão e mobilização pela data-base, resultou em uma emenda assinada por 31 deputados(as) corrigindo para 2,76% e retroativo a maio o projeto de lei da reposição da inflação. Em minoria, a governadora Cida Borghetti (PP) e sua base parlamentar utilizaram manobras regimentais para impedir a votação prevista nesta quarta-feira (4) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Os(as) servidores(as), de várias categorias e regiões do estado, que lotaram as galerias da Alep para acompanhar as votações, vão intensificar o chamado às bases para aumentar a cobrança aos(às) deputados(as) que ainda estão seguindo a orientação do governo contra o direito do funcionalismo. A previsão agora é de que a data-base pode ser incluída na pauta da próxima semana.

 

:: Confira o nome dos(as) deputados(as) que assinaram a emenda pela data-base

 

:: Veja o nome dos(as) deputados(as) que não assinaram a emenda pela data-base

A primeira artimanha do governo nesta quarta-feira foi suspender a reunião da CCJ. O motivo, segundo parlamentares, seria evitar a aprovação da emenda favorável para os(as) servidores(as). Os(as) deputados(as) favoráveis à data-base teriam sete votos, contra seis dos(as) aliados(as) da governadora.

Em seguida, a governadora encaminhou um substitutivo ao texto original e um ofício pedindo a retirada da urgência na votação do projeto. Com esses expedientes, o presidente do Legislativo decidiu que a data-base não poderia ser votada nesta quarta. Segundo ele, o substitutivo zera o prazo regimental para análise do texto pela CCJ.

Os ânimos se acirraram no plenário e os discursos de vários parlamentares criticaram a atitude da governadora. Eles(as) também denunciaram deputados(as) aliados(as) ao governo que teriam ficado em seus gabinetes para fugir dos(as) servidores(as) e forçar a derrubada da sessão plenária por falta de quórum.

Em resposta às estratégias do governo, deputados(as) pressionaram para que a convocação das comissões aconteça na próxima segunda-feira(9) e apresentaram um requerimento pedindo regime de urgência especial para votação do projeto com a emenda. O texto enviado pelo governo prevê apenas 1% de reposição e ainda retroativo a junho, e não a maio como determina a lei da data-base.

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