Servidores(as) públicos do estado do Paraná participaram de um ato em frente a Perícia Médica (Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional – DIMS) em Curitiba. O ato ocorreu pela manhã de quinta-feira (04) e reuniu funcionários(as) de diversas categorias do serviço público.
Sendo uma das pautas da greve, que já chega ao 9º dia, representantes sindicais e trabalhadores(as) do estado cobraram a contratação de mais médicos, humanização nos atendimentos, além de melhor estrutura das 17 unidades já existentes.
“Nós temos problemas com a perícia no interior, principalmente porque não é feito concurso para médicos(as) há 20 anos. As juntas de perícias médicas estão ficando sem profissionais para atender os(as) servidores(as). Temos poucas unidades funcionando no interior, o que obriga o funcionalismo público a vir para Curitiba para fazer perícias. Isso tem gerado custos para o funcionalismo, porquê o estado não cobre esse custo com o transporte, além de poder agravar o adoecimento destes(as) funcionários(as)”, destaca o secretário de Saúde e Previdência, Ralph Wendpap.
Sobre a humanização, o secretário denuncia que muitos(as) médicos(as) peritos vêm tratando os(as) servidores(as) de forma desrespeitosa. “Existem alguns peritos(as) que não tratam com devido respeito o(a) funcionário(a) que vem passar pelo exame. Muitos nem olham para os laudos ou exames que são apresentados e depois dão um dia ou não dão o período que o(a) servidor(a) precisa”, informa Ralph, que conta também que problemas psiquiátricos não são tratados com atenção.
Atenção à Saúde
Durante a mobilização, a categoria também exigiu uma melhora no Sistema de Assistência a Saúde (SAS). Segundo o secretário, o SAS não cobre a compra de próteses e órteses, o que pesa ainda mais no bolso do(a) trabalhador(a). “Nós precisamos que o SAS passe a realizar esse tipo de cirurgia e outros exames de alto custo. Nós não temos como arcar com isso, já que estamos a mais de 4 anos sem a reposição da inflação”.
Também foi cobrado a inclusão de atendimento do SAS a funcionários do Processo Seletivo Simplificado (PSS). “Os PSS também estão precisando de tempo para cuidar do adoecimento de pessoas da família. Quem é concursado ou padrão, tem direito a tirar um período para cuidar da família adoentada, os PSS não tem e nós queremos esse direito para eles(as)”, enfatiza Wendpap.