A divulgação que aponta o resgate antecipado em torno de R$1 bilhão, hoje aplicado em títulos de renda fixa, da Paranaprevidência, pelo governo do Estado, para “terceirizar a aplicação desses recursos a uma corretora privada”, coincidiu com a notícia da exoneração do diretor jurídico do órgão e servidor de carreira, Mauro Ribeiro Borges, nessa terça-feira (09).
A APP-Sindicato, que faz parte do Fórum dos Servidores (FES), explica que seus(suas) representantes do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração já estão solicitando todos esses esclarecimentos para entender a legalidade desse procedimento. Na última reunião, em agosto, foi justificado que esse trâmite “é normal de ser realizado e essas mudanças de um investimento para outro apontam que há lucro e que o mercado é muito volátil, por isso a necessidade em se fazer isso”. O diretor exonerado, entretanto, havia sido contrário a essa medida.
O secretário de Saúde e Previdência da APP, Ralph Wendpap, diz que pela matéria da Gazeta do Povo (clique aqui) há uma perda de 12% se esse investimento de R$ 1 bilhão, que vencerá em março de 2019, for resgatado agora. “Isso foi apresentado em uma Comissão de Investimento existente dentro da Paranaprevidência, da qual nós não participamos. Apenas um conselheiro – representante dos funcionários – por vez tem direito a ouvir e não tem direito a voz e nem voto. Mas temos as nossas dúvidas e estamos pedindo esclarecimentos. Teremos um retorno sobre o assunto no dia 24 de outubro, quando ocorrerão as reuniões dos conselhos da Paranaprevidência, e daremos retorno na sequência”.