Seminário debateu o feminismo contra o neoliberalismo em outubro

Seminário debateu o feminismo contra o neoliberalismo em outubro


Foto: Divulgação

O seminário “Feminismo contra o neoliberalismo: nossas resistências, análises e propostas” que aconteceu neste mês de outubro, na capital paulista, reuniu mais de 100 mulheres para debater o cenário político, econômico e social. Foi realizado pela Sempreviva Organização Feminista (SOF) e pela Marcha Mundial das Mulheres. Mulheres com representatividade internacional se concentraram e conduziram os dois dias do encontro.

A APP-Sindicato participou e proferiu um debate com a secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBT, Lirani Maria Franco, que ressaltou a complexidade agravada pela atual conjuntura e a importância da construção de uma pauta unificada de lutas. “O trabalho da APP em conjunto com outros movimentos sociais, como a Marcha Mundial das Mulheres, que é um movimento que faz a resistência em defesa dos direitos e debates sobre a violência que vitimiza mulheres diariamente. Apresentamos dados da realidade educacional e apontamos as consequências do projeto neoliberal, por exemplo. Destacamos a relevância e motivos à realização da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) 2018. Mostramos o quanto perdemos do repasse de verbas, projetos das reformas trabalhista e previdenciária, o teto de gastos já aprovado no governo Federal e que agora está vindo ao governo Estadual – e quanto reflete na educação. A APP nesse debate mostra o viés educacional e como impacta na vida das mulheres”.

Reflexos para os dias de hoje – Lirani Franco pontuou as principais abordagens que ocorreram durante o seminário, com enfoque ao período em que vivemos mediante as políticas neoliberais. A proposta de privatização das estatais, por exemplo, retira dinheiro do orçamento público para as áreas essenciais de atendimento à população.

Alguns impactos apontados e que recaem diretamente na vida das mulheres da cidade e da área rural, principalmente em questões de educação e saúde, conforme estatísticas são: o aumento do desemprego às mulheres e trabalho de forma mais precarizada, salário das mulheres em média 30% inferior ao dos homens.

“Hoje, muitas mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade e com dificuldade de ter acesso ao trabalho justamente pelo corte de verbas e diminuição das creches. Isso reflete na vida das famílias com os rendimentos. Nossa resistência também é buscar condições para atingir a igualdade, além da luta por direitos que agora estão ameaçados”, enfatizou Lirani.

Confira os vídeos do seminário:

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