Durante a noite desta sexta-feira (16), a APP-Sindicato, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizaram o Seminário em defesa da escola pública, democrática e humanizadora: Rumo ao centenário de Paulo Freire. O evento realizado pela Secretaria Educacional do Sindicato e recebeu a Professora adjunta do Setor de Educação da UFPR, integrante do Núcleo de Políticas Educacionais (NUPE/UFPR) e do Grupo de Pesquisas Relações entre o Público e Privado em Educação (GPRPPE), Daniela Pires. O seminário faz parte da preparação do centenário de Paulo Freire.
Os principais assuntos debatidos são os futuros desafios da educação pública no pós-pandemia, o avanço da iniciativa privada na educação pública e a desvalorização do profissional da educação nas redes municipais e estaduais. “O nosso cotidiano têm mudado, tanto com dificuldades, quanto inovação, porém cabe compreender essas novas dinâmicas na escola. Esse seminário tem este papel de compreender e defender a escola pública, democrática e humana”, aponta o secretario Executivo Educacional, Cleiton Denez.
A secretária Educacional Taís Mendes, aponta também que a educação enfrenta um grande desafio diante das condições e ataques sistemáticos à educação pública, como também por conta da pandemia causada pelo COVID-19. “Nossos(as) profissionais da educação estão frente a um cenário nunca antes experimentado pela educação pública nos últimos 100 anos. Esse desafio vem junto com outras questões como as condições e projeto que a Secretaria de Estado da Educação (Seed) impõe aos(às) professores(as) e todas as escolas do Paraná”.
Parceria público privada
Segundo a Professora Daniela Pires, a aproximação entre Secretarias da Educação e Iniciativa Privada regulamenta e legitima os interesses da esfera privada no setor público, estimulando a privatização. “O Estado do Paraná vive esses processos de forma mais aguda a pelo menos dois anos, mas que se intensifica diante da pandemia. Já em outras entidades da federação essa é uma modalidade já enfrentada a muito tempo, como em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”.
A professora explica que utiliza o termo privatização pois se refere a medidas que pois cede a educação básica e primária aos interesses das corporações e de organizações privadas a elas associadas. “Listando algumas delas temos a Fundação Lehmann, Instituto Itaú, Instituto Unibanco, Instituto Airton Senna, Instituto Positivo. São corporações, grupos empresariais que passam a concorrer e a disputar o mercado educacional e vislumbram na educação uma possibilidade lucrativa”.
Confira a Live completa abaixo:
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