O Núcleo Sindical da APP Sindicato, dos trabalhadores em educação pública do Paraná, realizou neste sábado (2), em sua sede, o “1º Seminário de Educação de Jovens e Adultos de Pato Branco”, com palestras de professores de Londrina: Adriana de Medeiros Farias (UEL) e Ivonir Rodrigues Ayres (CEEBJA Herbert de Souza).
O evento contou com a participação do deputado estadual, Professor Lemos; do secretário executivo de formação e cultura da APP Estadual, Paulo Vieira; do presidente da APP-Pato Branco, Everson Lopes; e de representantes de EJA dos municípios de Pato Branco, Francisco Beltrão, Cascavel, Salto do Lontra, Coronel Domingos Soares, Palmas, Mariópolis e Chopinzinho.
Entre os convidados, estiveram presentes o vereador Moacir Gregolin, os professores Eurides Rossetto (aposentado da UTFPR) e Marcos Hidemi de Lima (UTFPR-Pato Branco), Rosa Pelegrino, presidente da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), Simone Passos, coordenadora de EJA do Núcleo de Educação de Pato Branco, e alunos e ex-alunos da EJA.
Na fala da professora do curso de Pedagogia da UEL, Adriana Medeiros Farias, e integrante do Fórum paranaense de EJA da região de Londrina, a temática abordada foi “A oferta da EJA com qualidade social”. O tema discutiu a educação como prática social, com objetivo de atender às especificidades dos alunos jovens, adultos e idosos, cujo público compõe-se em sua grande maioria de trabalhadores. A professora destacou ainda que “a finalidade da ação formativa é emancipação do sujeito”, uma das lições deixadas pelo educador Paulo Freire.
O professor Ivonir Rodrigues Ayres, pertencente ao Fórum paranaense de EJA da região de Londrina, discorreu sobre “O controle social exercido pelos Fórum de EJA”. Ele expôs um histórico da formação dos fóruns de EJA no Brasil que se deu a partir da Confitea de Hamburgo e que vem ao longo dos últimos anos se consolidando por todo o Brasil.
A fala do professor Ivonir destacou, sobretudo, a carta de repúdio criada por membros do Fórum paranaense de EJA no mês de setembro, em Londrina. Este documento contesta as mudanças apresentadas pela coordenadora de EJA Márcia Dudeque em que o atendimento ao aluno passaria a ser 70% presencial e 30% não presencial.
proposta, observam-se um percentual ilegal de ensino a distância, o prejuízo à aprendizagem do aluno desta modalidade de educação e a perda de financiamento do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
Foi justamente a carta de repúdio mencionada pelo professor Ivonir que serviu para desencadear ação de todos os presentes no “1º Seminário de EJA de Pato Branco”, de também condenar a proposta ilegal feita pela coordenadora da Seed, reforçando a decisão tomada pelo Fórum paranaense de EJA da região de Londrina. Consequentemente, nesta união de forças, houve a criação do Fórum paranaense de EJA da região sudoeste e oeste do Paraná.
Fonte: Diário do Sudoeste (diariodosudoeste.com.br)