Sem salário: greves de funcionários(as) de escola eclodem pelo estado e expõem farsa das terceirizadas

Sem salário: greves de funcionários(as) de escola eclodem pelo estado e expõem farsa das terceirizadas

Calotes das empresas contratadas por Ratinho Jr. viram rotina e arruínam organização escolar e a vida financeira de trabalhadores(as)

Funcionários(as) terceirizados(as) das escolas estaduais das regiões de Maringá, Paranavaí e Ponta Grossa estão em greve e realizaram atos em frente aos NREs nesta quarta (9) e quinta-feira (10). As mobilizações cobram o pagamento de salários e vale-alimentação da empresa Soluções, que recebe do Governo Ratinho Jr. e não paga quem está trabalhando.   

Dirigentes da APP-Sindicato acompanharam a mobilização em frente ao NRE de Ponta Grossa durante a Caravana da Educação. Na cidade, as escolas estão dispensando alunos(as) mais cedo por conta da falta de funcionários(as).

Não é a primeira e não será a última revolta de trabalhadores(as) motivada pelo completo desrespeito das terceirizadas contratadas por Ratinho Jr., que custam mais caro, prestam um serviço inferior devido à precarização dos(as) trabalhadores(as) e têm prejudicado o funcionamento de escolas em todo o estado.

Mobilização em Ponta Grossa

Em fevereiro, a APP também acompanhou greves e protestos dos(as) contratados(as) das empresas Outpar e Especialy em Cianorte e Toledo. Antes disso, chegaram ao Sindicato relatos de paralisações e mobilizações em cidades dos Núcleos Sindicais de Campo Mourão, Assis Chateaubriand e muitas outras.

A terceirização do trabalho dos(as) funcionários(as) de escola deu errado e precisa acabar. Urge a revogação deste projeto e a realização imediata de concursos públicos.

“Vocês merecem ter concurso público, merecem ganhar o mesmo que os concursados. O governo gasta uma fortuna, já pagou a firma de vocês, mas cadê o dinheiro de vocês? É um absurdo o que está acontecendo”, disse Elizabete Almeida, secretária de funcionários(as) da APP-Sindicato aos(as) manifestantes em Ponta Grossa.

Apesar das denúncias e das comprovações do desrespeito ao trabalhador(a), as empresas terceirizadas não são punidas pelo Governo Ratinho Jr e seguem atrasando pagamentos, impondo descontos inexplicáveis e destruindo a organização pessoal de trabalhadores(as) e suas famílias.

Mobilização em Maringá

A APP-Sindicato, mesmo não representando legalmente os(as) funcionários(as), demandou a Secretaria de Educação para que faça as empresas cumprirem o que está nos contratos: pagamento do salário até o quinto dia útil e do auxílio-alimentação até o dia 15 de cada mês.

O desrespeito aos(às) trabalhadores(as) da educação fica evidente também no tratamento que funcionários(as) de escola tiveram nesta semana em Curitiba. Demitidos(as) pela empresa Guima, que teve o contrato de emergência como Governo Ratinho Jr encerrado, os educadores(as) foram obrigados a ficar na fila no sol e se amontoar na sede da empresa RCA Produções e Serviços, que está assumindo a terceirização de mão de obra, para saber se serão recontratados.

Mobilização em frente ao Colégio Unidade Polo, em Paranavaí

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