Nesta segunda-feira(25) não haverá expediente nos núcleos regionais de educação. Conhecidos como entrepostos do governo para ameaçar educadores(as), os núcleos foram fechados por professores(as) e funcionários(as) indignados com a forma como estão sendo tratados pelo governo do Estado.
Desde semana passada, em discursos do governador e de secretários, as ameaças tem sido constantes. Além disso, telefonemas, e-mails, mensagens tem chegado à educadores(as) intimidando-os a retornarem ao trabalho ou terão os dias descontados do salário.
“É uma prática antissindical, visto que a greve é um direito legítimo e garantido pela constituição federal”, afirma Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato. Ele também esclarece que não há ação julgada sobre a abusividade da greve, pois a APP entrou com recurso na decisão do desembargador Luiz Mateus de Lima e este recurso ainda não foi julgado. “Vamos até ao supremo, se for necessário, para garantir o nosso sagrado direito de nos manifestar”, ressaltou Hermes.
A lei 7783/1989 que trata do direito de greve (clique para acessar) estabelece que “é vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”.
A greve chega ao 28º dia e 85% das escolas estão fechadas em todo Estado. As demais funcionam parcialmente. Apesar do movimento fortalecido também por outras categorias que aderiram à greve geral dos(as) servidores(as), o governo não apresentou sequer proposta de reposição da inflação como manda a lei da data-base.
Diretores(as) se recusam a enviar faltas: em várias regiões, diretores(as) de escolas tem se recusado a enviar as faltas conforme solicitação da secretaria de educação (seed). Em Maringá, por exemplo, cerca de 60 diretores(as) entregaram ofício à chefe do NRE afirmando que as faltas não serão enviadas até que a greve se encerre e que haja negociação sobre a reposição dos dias parados. Em Curitiba, cerca de 300 pessoas se reuniram nesta manhã para debater o assunto. A orientação do sindicato é de que as faltas não sejam enviadas.
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