Em nota, a Secretaria de Estado da Educação anunciou a retomada do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), com previsão de abertura das inscrições e lançamento do edital em fevereiro de 2022. Segundo o governo, “a nova proposta está a caminho da Assembleia Legislativa”.
Luta permanente da APP e dos(as) educadores(as) desde a suspensão em 2016 – ao arrepio da Lei -, a retomada ocorre de forma atropelada.
O debate que deveria acontecer com a categoria, assegurando o envio de um projeto adequado à Assembleia Legislativa, será transferido aos(às) deputados(as), que têm mais dificuldades de compreender a realidade dos(as) educadores(as) e a necessidade do PDE.
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Em outubro, quando os contornos gerais da reformulação foram apresentados à APP pela Seed, o Sindicato manifestou interesse em discutir o modelo e propor adequações. Mas, ao que parece, a proposta virou imposição.
As mudanças consistem em um modelo a distância, sem afastamento das atividades laborais e com carga horária reduzida, mantendo a duração total do programa em dois anos.
Na teoria, pode não soar ruim. Mas, na prática, este é um governo que enfileira políticas que se demonstram falhas e permeadas de problemas após a implementação. Transtornos que poderiam ser evitados a partir de um processo de escuta e debate, ouvindo os(as) trabalhadores(as) e antecipando potenciais problemas.
O Sindicato analisará o texto e fará a pressão necessária junto à Assembleia para assegurar um programa apropriado às necessidades da categoria e da educação. Afinal, a retomada do PDE é de interesse de todos(as).