A prefeitura de Curitiba anunciou a volta das aulas presenciais para o dia 19 de julho e convocou professores para retornar. A educação presencial estava suspensa em decorrência da pandemia. A justificativa da Secretaria Municipal de Educação (SME) para o retorno é o avanço da vacinação dos profissionais da educação. Porém, sindicato e professores são contra o retorno sem que a imunização esteja completa, já que foi dada somente a primeira dose.
“Fomos surpreendidos com essa notícia. Nem os professores, nem gestores das escolas foram consultados. Essa discussão não estava posta. Debatemos isso no início do ano, quando as aulas presenciais haviam retornado e desde lá já muitos problemas apareceram, especialmente a dificuldade nas escolas para ter protocolos rígidos, além de muitos casos de contaminação sem que a prefeitura apresentasse algum protocolo para proteção da comunidade escolar”, diz a professora Marina Godoy. Ela defende que o retorno aconteça apenas após a imunização completa da maioria dos professores, com a segunda dose.
Essa também é a opinião da professora Cláudia Silva Pereira dos Santos, que atua com quarta série. “Os níveis de transmissão estão muito altos em Curitiba e, principalmente, entre crianças e adolescentes. Sabemos da importância desse retorno, mas é preciso que seja seguro, com a imunização completa,” defende.
Proteção só acontece com imunização completa
Para o coordenador do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Emanuel Maltempi, neste momento ainda não é seguro o retorno às aulas.
“Temos um altíssimo nível de contaminação em Curitiba e no Paraná. O que se recomenda para baixar estes números é menos circulação do vírus. Por isso, essa volta tem ainda muitos riscos. Além disso, as vacinas só se tornam seguras quando se tomam as doses necessárias para a imunização completa”, explica.
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