De acordo com nova determinação da Seed, profissionais das equipes pedagógicas precisarão fingir que estão ministrando aulas para atender turmas sem professores(as) supridos(as).
A Orientação Conjunta 010/2021, publicada no dia 10 de novembro, atribui aos(às) pedagogos(as) a organização do atendimento de estudantes prejudicados pela falta de professores(as) por meio de aulas e atividades, avaliação e recuperação de estudos.
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São tarefas incompatíveis com a carga horária e o contrato de trabalho das equipes pedagógicas, que certamente não poderão efetivar as aulas em tempo hábil para a conclusão do ano letivo.
“Não é para cobrir um dia que o professor faltou. Simplesmente não tem professor contratado para ministrar a disciplina e o Estado vai fingir que está atendendo”, explica Walkiria Mazeto, secretária de Finanças da APP-Sindicato.
Trata-se de mais uma manobra para mascarar a falta de planejamento do governo Ratinho Jr. e sua incapacidade de apresentar soluções efetivas para a crônica carência de quadros na rede.
A inépcia da Seed é consequência direta da política de seleção por provas de Renato Feder. Em um cenário de falta de profissionais, a única justificativa plausível para dificultar a contratação é o enriquecimento da empresa responsável pelo processo seletivo.
Além da eliminação das provas para PSS, a APP reitera a necessidade de realização urgente de concursos públicos, assegurando a continuidade do trabalho pedagógico e a garantia de direitos. Nossos estudantes não podem pagar pela incompetência do Estado.