Retrospectiva: 2 anos de massacres na educação paranaense

Retrospectiva: 2 anos de massacres na educação paranaense


29 de Abril de 2015 não poderá jamais se repetir. Guerra física e torturas emocionais não podem ser consideradas como simples acidentes no meio do caminho da educação paranaense. São dois anos do Massacre que repercute e estampa a vida de milhares de servidores(as) públicos(as). A história de uma guerra fria sentida na pele e contada por educadores(as) no Paraná.

De 2015 a 2017, o cenário de agressões físicas foi substituído por outros abusos psicológicos somados à retirada de direitos da classe trabalhadora. O fluxo segue os passos há dois anos impostos pela gestão do governador do Estado, Beto Richa (PSDB), que inclui a Secretaria de Estado da Educação (Seed/PR).

Acorda Paraná! O cenário não pode se perpetuar! É preciso seguir resistindo para que os retrocessos não prevaleçam. Recordar não é se torturar, e sim conscientizar a todos(as) e revelar os bastidores da comunidade escolar para a sociedade – que muitas vezes nem imagina os prejuízos que recaem na vida dos(as) educadores(as) com consequências irreversíveis e que afetam diretamente a qualidade do ensino público.

Este ano um dos impactos negativos ocorreu no início da grade letiva que pegou os(as) educadores(as) desprevenidos(as) com as novas “regras” descritas na Resolução 113/2017 (Resolução da Maldade). Quem adoeceu durante o ano passado foi punido(a) e proibido(a) de pegar aulas extras, apenas um exemplo para justificar porque realmente a APP debate e tenta dialogar com os(as) representantes do governo.

Atualmente os diálogos foram substituídos por monólogos e imposições. Manda quem está no poder e não obedece quem tem juízo e respeito pelo ser humano. É assim que a APP não se cansa e luta contra o poder e a favor da educação e dos(as) trabalhadores(as).

Contra os obstáculos, uma luz surge e marca os 70 anos de fundação da APP-Sindicato. Dia 26 é comemorativo e motivo de orgulho para a categoria que se representa por um dos maiores sindicatos do país. A grandiosidade não se justifica apenas pelo número de sindicalizados(as) e sim pelo trabalho desenvolvido nesse período, responsável por diversos avanços na educação paranaense.

Linha do tempo da APP marca dois anos da tragédia – Massacre do dia 29 de Abril de 2015:

Ano 2015

– 01 de fevereiro: manifestação no ato de posse dos(as) deputados(as) estaduais eleitos(as) para o mandato 2015 a 2018

– 07 de fevereiro: Assembleia Estadual em Guarapuava

– 09 de fevereiro: início da greve da educação

– 10 de fevereiro: ocupação da Alep contra o “pacotaço de maldades” do governador Beto Richa

– 12 de fevereiro: mobilização dentro da Alep contra a votação do “pacotaço”

– 25 de fevereiro:  Assembleia de avaliação da greve

– 04 de março:  Assembleia Estadual Extraordinária de avaliação da greve com passeata até o Palácio Iguaçu

– 09 de março: Assembleia Estadual Extraordinária com suspensão da greve e carreata até o Palácio Iguaçu

– 07 de abril: ato sobre PL 4330/04 em Curitiba

– 25 de abril: Assembleia Estadual em Londrina

– 27 de abril: retomada da greve estadual da educação com forte cerco policial na Alep

– 29 de abril: Massacre no Centro Cívico – ataque aos(às) trabalhadores(as) pela força policial do governador Beto Richa e do secretário Fernando Francischini (SD)

– 01 de maio: ato relembrando Massacre da antevéspera

– 19 de maio: mobilização estadual em Curitiba

– 29 de maio: dia nacional de paralisação e manifestação contra a terceirização

– 09 de junho: Assembleia Estadual em Curitiba

– 29 de junho: Dia de Luta – “29 de abril jamais esqueceremos”

– 24 de julho: ato junto com os Petroleiros

– 29 de julho: 3º mês do Massacre no Centro Cívico e mobilização aniversário do Beto Richa

– 20 de agosto: ato nacional contra o golpe e em defesa da democracia e dos direitos dos(as) trabalhadores(as)

– 28 de agosto: ato “Contraposição ao Lançamento da Frente pela Vida e Família”

– 29 de agosto: Assembleia e atos públicos estaduais

– 29 de setembro: mobilizações nas escolas “29 de abril Jamais esqueceremos! A história se repete”

– 08 de dezembro: ato estadual do funcionalismo público

Ano 2016

– 12 de fevereiro: adesivaço de carros no Paraná – “Não vote em inimigos da educação”

– 15 a 17 de março: greve nacional da educação

– 31 de março: mobilização estadual

– 29 de abril: um ano do massacre – paralisação estadual e mobilização em conjunto com o Fórum de Lutas 29 de Abril e Ato Nacional da CNTE

– 1 de junho: ato em protesto à falta do 29 de Abril

– 12 de julho: ato nos Núcleos Regionais de Educação (NREs) de todo o Estado

– 7 de julho a 30 de agosto: Caravana pela Educação

– 8 de agosto: ato alusivo ao dia do(a) funcionário(a) de escola

– 24 e 25 de agosto: ato nas escolas e debates com a comunidade escolar

– 30 de agosto: paralisação estadual – Dia de Luta e de Luto

– 22 de setembro: dia nacional da paralisação

– 27 de setembro: panfletagem lançamento da Escola 1000

– 17 de outubro a 1 de novembro: greve geral

– 25 de outubro:  dia da mobilização estadual em defesa do serviço público

– 11 de novembro: greve nacional

– 29 de novembro: ato “Ocupa Brasília”

Ano 2017

– 15 de março: greve geral nacional e greve da educação

– 18 de março: Assembleia de avaliação da greve da educação

– 28 de abril: greve geral nacional

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