Resistência! Esta é a palavra de ordem do movimento grevista dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação pública do Estado do Paraná. Ameaçados(as) pelo governador Beto Richa, os(as) educadores(as) marcharam da Praça 19 de Dezembro até a Praça Nossa Senhora da Salete, na manhã desta quarta-feira (29). O trajeto foi percorrido por cidadãos e cidadãs que andam com a cabeça erguida. Monitorados(as) sobre os mais de dois mil policiais que fazem a guarda dos interesses do Poder Executivo, a categoria não se sentiu em nenhum momento intimidada.
“Houve medo sim. Nas barracas, pouco dormimos esta noite, cada movimentação ou fala nossa despertava o interesse policial. É um ambiente de extrema repressão”, conta a professora Elizabete Almeida Dantas, de Londrina. O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes da Silva Leão comenta o momento histórico. “A situação chegou em um ponto que está gerando clamor nacional. O ministro dos Direitos Humanos ligou para oferecer ajuda na negociação e se colocou à disposição porque entende que os direitos humanos estão sendo agredidos aqui no Paraná. É o Estado do medo e da opressão”, relatou o presidente sobre a oferta de ajuda do ministro Pepe Vargas.
O formigueiro, como ficou conhecido o movimento de luta dos trabalhadores(as) da educação, fervilha neste exato momento. Milhares de trabalhadores e estudantes estão na frente do Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa do Estado, onde está previsto para ser votado agora à tarde o projeto impopular da Previdência.
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