Reportagem do Plural escancara farsa do Ideb de escolas cívico-militares

Reportagem do Plural escancara farsa do Ideb de escolas cívico-militares

Extinção do ensino noturno exclui jovens trabalhadores(as) e eleva índices de frequência e aprovação, que impactam no indicador

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Em reportagem publicada nesta quinta-feira (16), o Plural analisa a evolução do Ideb das escolas estaduais no Paraná desde 2015, bem como dados do censo escolar, e conclui: o aumento registrado na rede em 2021 foi impulsionado pela extinção de 76,8 mil vagas do ensino noturno.

O raciocínio é lógico. A modalidade, que atende jovens trabalhadores(as) e que enfrentam mais dificuldades para concluir os estudos, registra índices menores de frequência e aprovação. A realidade deste público também afeta o desempenho no Saeb. Todos estes indicadores impactam no Ideb.

:: Leia a íntegra da reportagem do Plural

Quando uma escola estadual é militarizada, o ensino noturno é extinto. Portanto, a alta no Ideb se deve ao abandono de estudantes e do dever do Estado de assegurar o acesso à educação.

“Nas 16 escolas militarizadas em Curitiba e que possuem registros no IDEB e no Censo Escolar no período (…) foram eliminadas 962 vagas no ensino noturno, extinguindo a oferta em todas as escolas”, observa o Plural.

A análise acaba com o único argumento do governo para justificar a ampliação de escolas cívico-militares, mas também explica a manipulação que transformou o Paraná no estado com o “melhor Ideb do Brasil” no Ensino Médio.

Os dados do SAEB mostram que desde 2005 as escolas estaduais de Ensino Médio se mantiveram no mesmo patamar nas avaliações de Matemática e Língua Portuguesa, inclusive em 2021. Mas o que mudou então? O Indicador de Rendimento, ou seja, o índice de aprovação de alunos das escolas, que saltou de 0,82 em 2017 para 0,96 em 2021”, continua a reportagem.

Há semanas, a APP denuncia a nova onda de encerramento do ensino noturno em todo o estado, que também afeta a oferta de EJA. O anúncio recente da consulta pública para militarizar 127 escolas confirma a “fórmula de sucesso” do Paraná, baseada na exclusão e na melhoria de indicadores a todo custo.

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