O “Rei dos Ratos” e o medo das “Valquírias”

O “Rei dos Ratos” e o medo das “Valquírias”

Artigo de Luiz Fernando Rodrigues

Foto: Bruna Durigan / APP-Sindicato

As Valquírias são figuras da mitologia nórdica, conhecidas como seres femininos que servem a Odin, o deus principal do panteão nórdico. O nome “valquíria” deriva do nórdico antigo “valkyrja”, que significa “aquela que escolhe os mortos”.

Frequentemente descritas como mulheres jovens e bonitas, vestidas em trajes de batalha com escudos e lanças, elas também são vistas montando cavalos alados. Além de guerreiras, são retratadas como seres de grande beleza.

As Valquírias simbolizam a guerra, a morte e o destino. Elas representam o poder divino de decidir o destino dos homens, especialmente em relação ao seu fim heroico em batalha.

Já o fenômeno denominado “Rei dos Ratos” é raro e curioso. Ocorre quando vários ratos ficam entrelaçados pelas caudas, muitas vezes com pelos, sujeira, sangue, ou outras substâncias que as prendem. Este emaranhado forma uma massa que, de forma um tanto macabra, pode ser comparada a uma coroa, daí o nome “Rei dos Ratos” (ou “Rat King” em inglês).

Na última semana vimos o fenômeno acima acontecer. O governador Rato se uniu aos seus iguais para tentar roer a educação pública do Paraná. Seu emaranhado contou com outros 38 algozes, além do secretário de Educação do Estado. Maioria homens, brancos, de direita, defensores da família, mas com um medo em comum: a união dos educadores paranaenses!

Liderados por uma verdadeira “Valquíria” como da mitologia nórdica, a presidenta da APP-Sindicato liderou uma verdadeira guerra para defender a educação pública dos ratos que a querem corroer. Com medo e acuados em seu “camburão digital” – pois tiveram que aprovar o projeto às escondidas e on-line – restou o ataque à organização dos trabalhadores, ao sindicato e à presidenta da entidade.

O “Rei dos Ratos” chegou a pedir na justiça a prisão da nossa “Valquíria”, tamanho é o ódio que tem de uma categoria que dedica a vida à educação dos filhos e filhas do povo. Jamais o Rato aceitaria que uma mulher, professora, sindicalista pudesse afrontá-lo ou arranhar sua imagem de bom moço, cidadão de bem.

Nossa tarefa é ainda maior nesse momento: desfazer o ninho de ratos que se tornaram o parlamento, o governo e a secretaria de educação, principalmente. Uma batalha se findou na tarde desta terça-feira fria da capital paranaense. O tempo nublado é prenúncio de que o sol vem logo ali e estaremos prontos a continuar a luta pelo que acreditamos!

Luiz Fernando Rodrigues é agente educacional II na rede pública estadual. Formado em Marketing e Especialista em gestão escolar.

Isso vai fechar em 5 segundos

MENU