Salário digno, reconhecimento e valorização profissional dos(as) funcionários(as) de escola estão no centro da jornada de lutas da APP. No último sábado (15), o Sindicato reuniu profissionais e dirigentes de todo o estado para formular propostas de reestruturação da carreira QFEB e recuperar as dramáticas perdas salariais sofridas pelo segmento nos últimos seis anos.
O encontro do Coletivo de Funcionários(as) debateu, ao longo do dia, a situação enfrentada pelos(as) agentes na rede estadual, que apesar de realizarem um trabalho essencial na escola pública, têm sido invisibilizados pelo governo e amargam uma defasagem salarial histórica.
“Nesta etapa da campanha salarial da APP, o foco da nossa luta é fazer justiça aos(às) funcionários(as) de escola. A categoria não suporta mais a sobrecarga, o desrespeito e a falta de reajuste digno, que divide os(as) trabalhadores(as) e aprofunda a desigualdade entre os(as) profissionais da educação”, avalia Elizabete Dantas, secretária de Funcionários(as) da APP-Sindicato.
Com uma mesa de abertura composta apenas por dirigentes estaduais que são funcionários(as) de escola, o encontro propiciou uma ampla reflexão sobre a necessidade de atualizar a carreira dos(as) QFEB.
A tabela salarial dos(as) agentes educacionais foi construída junto com a dos(as) agentes QPPE. Neste ano, a tabela dos QPPE foi reestruturada e os(as) funcionários(as) ficaram para trás.
“Ainda temos funcionários(as) de escola que recebem menos do que o salário mínimo nacional. Outros, agentes II que não avançaram na carreira, sobrevivem com salários menores do que o piso regional”, lembra Walkiria Mazeto, presidenta da APP.
A APP já levou à mesa de negociação com a Seed a demanda pela reformulação da tabela QFEB. Agora, o Sindicato se movimenta para construir uma proposta que de fato garanta uma reposição justa e a possibilidade de novos avanços na carreira.
O reajuste de apenas 5,79% (Data-Base) aumenta a distorção nas escolas e cobre apenas a inflação de 2022, sem considerar seis anos de salários congelados, perfazendo uma perda de mais de 42% do poder de compra.
O Encontro também contou com apresentação cultural do grupo de teatro Senhores Furtados, com montagem elaborada especialmente para os(as) funcionários(as). À tarde, o economista Cid Cordeiro detalhou a tabela salarial dos QFEB, e comparou com as alterações no quadro QPPE, embasando a discussão sobre uma proposta de reformulação.
A partir do acúmulo do debate, a APP deve montar diferentes cenários para assegurar uma reposição justa na carreira e levar as propostas para o governo.
Coletivo de Funcionários(as) – 15/04 – Curitiba
