Mais uma vez, dezenas de educadores(as) organizaram-se em uma recepção ao governador Beto Richa. Desta vez, em Paranavaí, durante a posse da nova direção da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar). Munidos de faixas e palavras de ordem, cerca de 40 professores(as) e funcionários(as) – do próprio município e também de Maringá – estiveram no local para protestar contra a Resolução da Maldade. Um forte aparato montado, incluindo policiais militares, guardas municipais e seguranças à paisana, bloqueava qualquer acesso ao prédio.
Os(As) educadores(as) chegaram ao local por volta das 9h. Três horas depois, na saída, a surpresa. “Enquanto deixava o prédio, o carro que levava o governador, que estava no banco dianteiro, diminuiu a velocidade ao passar ao nosso lado. Aí, ele abaixou o vidro, nos olhou, dando risada, e bateu palmas. Em seguida, acelerou o carro e foi embora. Para isso ele teve ‘coragem’, para debochar da gente. Agora, parar, conversar com quem estava ali, olhar nos olhos e receber o ofício que levamos, ele não foi capaz”, relatou o presidente do Núcleo Sindical da APP de Paranavaí, o professor José Manoel de Souza.
Desrespeito – O governador parece cada vez mais confortável em demonstrar publicamente – seja através de atos legislativos ou no seu comportamento pessoal – o desprezo que tem pela nossa categoria. A Resolução da Maldade, a postura do secretário chefe da Casa Civil nos supostos ‘diálogos’ com a APP-Sindicato, e da própria secretária de Educação, Ana Seres Comin, dão uma mostra de como está o cenário. O que o governador deve lembrar é que ele está lidando com milhares de trabalhadores(as) que têm famílias, que têm, na Educação, uma carreira, uma vida. Nós SOMOS educadores. Ele ESTÁ governador. A nossa prioridade é educar, enquanto a dele é mentir.