Das eleições de 2014, Beto Richa (PSDB) saiu politicamente fortalecido. Apesar das investigações de desvio do dinheiro público que deveria ter sido usado para construção de escolas e teria ido para uso em campanha, a reeleição trouxe a Richa um fôlego adicional para implementar medidas austeras à população. Logo que assumiu o segundo mandato, o governador implementou um polêmico tarifaço que atingiu toda a população: aumentou impostos como IPVA, a tarifa de luz e jogou nas alturas o valor do ICMS de milhares de produtos. Em fevereiro de 2015, tentou arruinar as carreiras e sequestrar os recursos da previdência dos(as) servidores(as) com um novo “pacotaço”. Porém, foi impedido pela mobilização dos(as) trabalhadores(as) que, em resposta à ofensiva, ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), protagonizando uma vitória histórica para o funcionalismo.
A APP-Sindicato desenvolve seu papel de defender o direito dos(as) trabalhadores(as) de ter uma carreira digna, e também dos(as) estudantes, em ter uma escola pública com condições de ensino e aprendizado. Já o governo, que deveria focar suas ações em prol da sociedade que o elegeu, opta pelo ataque físico e institucional, além de descumprir suas próprias promessas de campanha.
Nenhum direito a menos – A reposição da inflação, a formação continuada, as progressões e promoções de carreira, tendo em vista a melhoria do serviço prestado à população, são conquistas históricas dos(as) trabalhadores(as). Direitos esses, garantidos pela legislação estadual e pela constituição federal que prevê: a correção salarial com a aplicação de reajuste a partir do índice da inflação do ano anterior e o incremento salarial na remuneração dos(as) professores(as), também ajustada anualmente, de acordo correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno(a) definido nacionalmente pelo MEC. No entanto, o governo do Paraná há mais de dois anos vem descumprindo a lei e gerando um acumulado de dívidas com os(às) educadores(as).
Uma postura incoerente para um o governador que, durante sua campanha eleitoral, discursava que a educação “é a base para se construir uma sociedade melhor”. De fato, a educação é o eixo para essa estrutura, mas, para que tudo não desmorono, não se deve ignorar os direitos e, muito menos, agredir aqueles e aquelas que, diariamente, promovem o conhecimento, o respeito e a formação técnica e humana.
As agressões aos(às) educadores(as) e atuação da APP-Sindicato viraram marcas do governo atual e são a evidência de que Richa quer tirar o foco de sua má gestão. Aliás, desviar a atenção das denuncias e investigações corrupção, do sumiço de verbas, e do violência é, nada mais, que promover uma educação de péssima qualidade.
O que o Paraná precisa e por que Richa nunca mais? Saiba qual é a pauta emergencial da educação e o que o governador tem feito pelos(as) paranaenses:
O Paraná precisa e merece educadores(as) remunerados(as) decentemente.
Mas Beto Richa deve três anos de reajuste, reduziu R$ 400,00 do salário dos(as) temporários(as), paga menos que o piso e nem o salário mínimo para funcionários(as) ele paga.
De escolas bem estruturadas e que atendam à comunidade. Mas Beto Richa fecha escolas e turmas, deixa faltar até merenda e é investigado de desviar 20 milhões da educação.
De profissionais saudáveis e bem preparados(as).
Mas Beto Richa obriga educadores(as) a trabalhar doentes, reduz as licenças para mestrado e doutorado e cortou o curso de aperfeiçoamento PDE.
Os(as) paranaenses merecem uma escola bonita por fora e por dentro! A APP-Sindicato continuará sua busca diária pela valorização profissional e, acima de tudo, pelo direito aos(às) milhares de educadores(as) e estudantes(as) à um ensino público, gratuito e de qualidade.
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