O massacre do dia 29 de abril, o calote da data-base, os escândalos de corrupção com dinheiro da educação, o assalto na Paranaprevidência e outras violências do governo contra os(as) servidores(as) públicos(as) do Paraná foram destaque no primeiro debate entre candidatos(as) ao governo do do estado, realizado na noite desta quinta-feira (16), pela Band.
Os temas fazem parte da agenda de lutas dos(as) educadores(as) e foram explorados principalmente pelo(as) candidatos(as) considerados(as) de oposição, que acusaram a situação de se omitir e compactuar com as práticas do governo Beto Richa (PSDB). Um dos(as) candidatos(as), da situação, chegou a citar o nome da APP-Sindicato pela pressão que o Sindicato tem feito para exigir do governo o atendimento das pautas dos(as) trabalhadores(as).
Já no primeiro bloco, um(a) dos(as) concorrentes(as) questionou seu(ua) adversário(a) como ele(a) “se sente em ser conhecido entre professores como o pai da bancada do camburão”. A pergunta fazia referência aos partidos e deputados(as) da base do governo que ordenou o massacre do dia 29 de abril de 2015. Em outro momento do debate, a atual governadora e candidata à reeleição foi acusada de ter se omitido em relação ao massacre do dia 29 de abril, quando exercia o cargo de vice-governadora.
Na época, os(as) educadores(as) protestavam contra a retirada de recursos da previdência. Deputados governistas usaram um camburão da Polícia Militar para entrar na Assembleia Legislativa e driblar a manifestação dos(as) educadores(as) que, por ordem do governador, foram reprimidos(as) com bombas e balas de borracha.
A atual governadora também enfrentou questionamento por ter oferecido apenas 1% de reposição neste ano – a inflação do período ficou em 2,76% – e depois manter o calote da data-base. Com os salários congelados desde 2016 o estado já provocou uma desvalorização de 11,53% no salário dos(as) trabalhadores(as). “As pessoas entenderam como esmola. Ficou constrangida ao oferecer 1%?”, interrogou.
Além da falta de valorização dos(as) profissionais da educação, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), a lei da hora-atividade, a lei do piso e os escândalos de corrupção com recursos da educação envolvendo o governo do estado também foram lembrados. “Falta giz na sala de aula”, exemplificou um(a) dos(as) candidatos(as).
Seis candidatos participaram do debate: Cida Borghetti (PP), Doutor Rosinha (PT), João Arruda (MDB), Professor Piva (PSol), Ratinho Jr. (PSD) e Ogier Buchi (PSL). Foram cinco blocos de perguntas e respostas entre os adversários. O material está disponível na íntegra na plataforma de vídeos YouTube, no canal Band Paraná.