PSS demitidos(as) se reúnem na APP-Sindicato

PSS demitidos(as) se reúnem na APP-Sindicato

Mesmo com o recesso do judiciário, Sindicato busca apoio político para resolver impasse dos(as) 500 professores(as) demitidos sem justificativa

Em todo Paraná, pelo menos 500 famílias sofrem com as demissões feitas pelo governo Ratinho Jr. (PSD) na educação . Isso porque alguns professores(as) contratados pelo regime temporário (PSS) tiveram seus contratos rescindidos no dia 31 de dezembro. A estranheza e revolta sobre o caso é que essas demissões ocorreram sem justificativa e desrespeitando o compromisso entre o Sindicato e a Seed para a prorrogação da vigência dos mais de 21 mil contratos PSS feitos pelo governo em 2019.

“É um desrespeito com a comunidade escolar e com estas famílias. Ainda que as demissões sejam feitas por algum descumprimento a ordem pedagógica ou administrativa deve haver um procedimento legal apresentando uma justificativa para estes professores e isso não ocorreu. Por isso, estamos neste período de férias buscando junto as mais diferentes instâncias uma solução para estes casos”, explica o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.

Durante a reunião dos(as) profissionais demitidos(as) que a direção estadual organizou, na manhã desta terça-feira (7), o deputado estadual Professor Lemos também avaliou a gravidade da situação. “Se hoje o governo toma esta medida arbitrária e faz isso com um grupo de 500, abre-se precedente para a qualquer momento ele rescindir os contratos dos demais PSS e, no futuro, dos funcionários de escola. Ninguém está imune à demissão, mesmo os concursados, mas para isso é necessário que se respeite a tramitação legal”, analisa o deputado.

A direção tenta ainda uma reunião com o governo para cancelar a decisão de demissão que deverá acontecer entre hoje e a próxima quinta-feira (9).

Entenda o caso

A Secretaria da Educação prorrogou, em setembro, por mais um ano a vigência do edital (n. 57/2018) de contratação de professores(as) PSS que encerraria em dezembro deste ano. A prorrogação foi um dos itens negociados para o término da greve realizada em junho pela categoria. O ato foi publicado em setembro no Diário Oficial.

Contrariando esse compromisso, o governo avisou por telefone e e-mail cerca de 500 professores(as) PSS, de várias regiões do estado, que seus contatos não seriam prorrogados.

Em reunião com a APP-Sindicato, a chefia de Recursos Humanos da Seed declarou ter orientado os(as) diretores(as) de escola a indicar quais eles(as) gostariam que continuassem trabalhando e quais perderiam o emprego.

Para o Sindicato, a confissão de que foram utilizados critérios pessoais, definidos de acordo com a conveniência de cada diretor(a) de escola, confirma a ilegalidade e a gravidade do procedimento.

Os(as) professores não citados(as) pelas direções tiveram seus contratos continuados em 2020. Já os(as) que foram demitidos(as) só terão o emprego novamente após a participação e classificação em um novo processo seletivo.

O Sindicato destaca ainda que a medida rompe um acordo firmado pelo governador Ratinho Junior com a categoria e contraria o interesse público.

A Seed tentou minimizar a situação alegando que a decisão e a escolha de quem será demitido(a) da função pública seria prerrogativa da administração.

Questionada sobre a ilegalidade e a ausência de publicação de ato oficial, a pasta tentou se defender utilizando como argumento a data inicial de encerramento dos contratos, sem considerar a prorrogação.

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