Prova PSS é adiada para janeiro, mas APP-Sindicato mantém luta pela revogação APP-Sindicato

Prova PSS é adiada para janeiro, mas APP-Sindicato mantém luta pela revogação

Decisão ocorre após Ratinho e Feder serem obrigados pela Justiça a suspender eleição de diretores(as) durante a pandemia

A Secretaria da Educação do Paraná (Seed) divulgou no início da noite desta quinta-feira (10) um edital adiando para 10 de janeiro de 2021 a data para aplicação de provas objetivas para contratação de professores(as) através de processo seletivo simplificado (PSS).

Prevista inicialmente para acontecer no próximo domingo (13), a prova já havia sido transferida para o dia 20 de dezembro, porém permanecia contrariando pedido da Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba.

A decisão pelo novo adiamento ocorre depois do governo desobedecer orientação do Ministério Público Estadual (MPPR) e ser obrigado, por decisão da Justiça, a suspender a realização da eleição de diretores das escolas estaduais, que estava marcada para esta semana.

Saiba mais: Justiça suspende eleição para diretores(as) das escolas estaduais

Assim como defende a APP-Sindicato, o MPPR entende que os dois processos só devem acontecer quando houver controle da pandemia do novo coronavírus. A categoria protestou e até fez greve de fome, mas o governo ignorou todos os pedidos apresentados pelos(as) dos(as) trabalhadores(as).

Para a direção estadual do Sindicato, a não realização da prova PSS no dia 13 demonstra que o posicionamento da entidade estava correto. “Não é possível realizar uma prova presencial em meio a pandemia. Não queremos apenas que a prova seja adiada, queremos a revogação do edital 47 e a realização de concurso público, destaca o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.

Link: Edital de adiamento da prova PSS para 20 de janeiro de 2021

A preocupação é com o aumento de casos e mortes decorrentes da Covid-19 e o desemprego causado pelas decisões da gestão do governador Ratinho Junior e do secretário da Educação, o empresário Renato Feder.

Atualmente, a rede estadual de ensino conta com cerca de 20 mil professores(as) contratados(as) pelo regime PSS, sem direito à carreira e vários direitos. De acordo com a APP-Sindicato, esses(as) profissionais deverão ser demitidos(as) no final deste ano, pois os contratos têm validade de até um ano.

Já o novo edital, n. 47/2020, prevê apenas 4 mil vagas. Além disso, pela primeira vez, o governo decidiu aplicar uma prova como um dos critérios de classificação dos(as) candidatos(as) e cobrança de taxas no valor de até R$ 105.

Leia também:
Eleição de diretores(as) em plena pandemia é um “crime”
Ministério Público entra na Justiça contra prova PSS e eleição de diretores(as) durante a pandemia
Ministério Público pede a suspensão da prova do PSS e da eleição de diretores(as)
Governo adia prova PSS, mas mantém aplicação em meio a avanço da pandemia

MENU