Novas diretrizes do ensino médio, que permitem até 30% dessa etapa a distância, foram homologadas pelo Ministério da Educação nesta terça-feira (20). Para especialistas, a medida pode agravar a qualidade da educação, colaborando com a desigualdade.
O texto prevê que nos cursos diurnos de ensino médio o(a) estudante poderá fazer até 20% das horas obrigatórias a distância. No noturno, o percentual chega a 30%, e, na modalidade de EJA (Educação para Jovens e Adultos), o percentual pula para 80%.
Na avaliação da APP-Sindicato, permitir que o ambiente físico escolar seja substituído pela educação a distância é romper com o comprometimento do ensino ofertado e da interação necessária para a comunidade escolar, que envolve alunos(as), professores(as) e pedagogos(as), funcionários(as), pais, mães e responsáveis.
Secretária Educacional da APP, a professora Taís Mendes comenta que a posição não é contra a tecnologia, mas sobre a retirada do convívio do estudantes com o ambiente escolar. Ela alerta ainda que essas decisões devem beneficiar apenas a iniciativa privada, mediante a transferência de recursos públicos.