Custo de vida encarecido e redução de salários: são esses os ‘presentes’ de Natal que o governador do Estado do Paraná quer entregar aos(às) paranaenses. Na audiência pública realizada hoje(08), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, pelos servidores(as) públicos(as) estaduais, com o apoio do mandato do Professor Lemos, as categorias decidiram que unirão forças para que os projetos de lei do ‘Pacotaço de Natal’ não sejam aprovados.
Alteração na Previdência e impostos mais altos – Na semana passada, um ‘pacotaço’ de projetos foi encaminhado para votação na Assembleia Legislativa, em regime de urgência. Entre as medidas propostas, o fim da isenção previdenciária para aposentados(as) e pensionistas que atingirem o teto de R$ 4.390,24 e o aumento de impostos sobre a circulação de produtos e mercadorias, como material escolar, alimentos e gasolina.
Para o deputado estadual Professor Lemos, a proposta de alteração no fator previdenciário é uma das maiores injustiças cometidas contra os(as) trabalhadores(as). “O servidor contribui a vida toda para fazer jus ao benefício. Se tiver que contribuir novamente, será penalizado, pois não irá receber o novo benefício”, argumenta o Professor Lemos.
Para a a diretora de Finanças da APP-Sindicato e coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais (FES), professora Marlei Fernandes, o funcionalismo precisa resistir e cobrar dos deputados(as) eleitos(as) o voto contrário aos projetos. “Resistir para não perder as conquistas e avanços naquilo que é de direito. Nesses quatro anos de governo, o FES nunca foi procurado para debater as propostas com antecedência sobre o funcionalismo”, evidencia a professora. O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes da Silva Leão, endossou as defesas ao tratar do Projeto 511/2014 como uma violência institucional com os(as) idosos.
Representantes do Ministério Público, da educação pública, dos(as) militares, da saúde, policiais civis, dos servidores(as) da justiça, dos(as) agentes penitenciários(as) e dos(as) aposentados(as) participaram do debate coletivo e permanecem na Assembleia para uma entrega da carta pública, formulada a partir dos encaminhamentos desta manhã. O documento será entregue a todos(as) os(as) deputados(as) estaduais explicando o posicionamento contrário aos projetos e solicitando o apoio do Legislativo. Às 13h30, está marcado o início da sessão da Comissão de Constituição e Justiça que avaliará a legalidade das propostas do Executivo. A APP-Sindicato permanece na sessão da CCJ com o objetivo de que os projetos não sejam aprovados.