Professores(as) questionam Renato Feder sobre a educação pública do Paraná

Professores(as) questionam Renato Feder sobre a educação pública do Paraná

Durante visita ao Colégio Estadual Pedro Macedo, em Curitiba, educadores(as) cobram do secretário de educação respostas sobre retirada de direitos

Foto: Freepik

Nesta quarta-feira (30), professores(as) e funcionários(as) do Colégio Estadual Pedro Macedo, em Curitiba, foram surpreendidos(as) pela visita do secretário estadual de Educação, Renato Feder. Mas não só os(as) educadores(as) foram pegos(as) de surpresa, o secretário enfrentou momentos de visível desconforto ao ser questionado sobre por que o governo vem tratando tão mal a categoria. No vídeo, que viralizou nas redes sociais, é possível ver os(as) professores(as) questionando  o excesso de burocracia diante das atividades pedagógicas, e também o descumprimento e anulação de leis – práticas frequentes na  atual gestão.

A professora Luciana Machado (em pé, no vídeo) explica o que falou ao secretário no momento da visita. “Ontem estava acontecendo a Prova Brasil e o secretário resolveu passar na nossa escola para conversar com professores,  foi uma visita surpresa. Começamos a questionar a cobrança insistente e a implementação dos programas, como o Se Liga e o Prova Paraná. Na prática, temos tido mais etapas burocráticas, uma cobrança pesada e cada vez menos contrapartida do governo. É uma situação desesperadora que adoece e o governo parece fechar os olhos”, afirma a professora.

As imagens mostram os(as) professores(as) relatando a frustração diante da forma como o atual governo lida com a categoria. “Ele dá respostas genéricas, bem evasivo. Um dos professores convidou para que ele assistisse a aula que iria começar para que ele [o secretário] entendesse o que de fato é uma turma superlotada, o que é a nossa realidade.  Ele se esquivou, disse que tinha um compromisso e que outra hora voltaria. É lamentável”, reforça Luciana.

No Colégio Pedro Macedo, assim como em tantas outras escolas do Paraná, o ambiente escolar está pesado e adoecendo os(as) trabalhadores(as). ” A gente trabalha com um salário congelado, sem perspectiva nenhuma de valorização. Acabamos de perder nossa licença especial. Nisso, chegamos na escola e temos problemas com internet. Aqui, professores usam seu próprio plano de dados para cumprir as exigências da Seed preencher RCO. Somos cobrados o tempo todo em resultados, em números. Mas quando um de nós adoce ou precisa se afastar, só recebemos punições na carreira. Está muito difícil ser professor”.

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