Professores(as) brasileiros têm os menores salários entre os 45 países pesquisados pela OCDE

Professores(as) brasileiros têm os menores salários entre os 45 países pesquisados pela OCDE

Os dados apontam salários anuais de 14.345 dólares, bem abaixo de países com desenvolvimento semelhante, como a Colômbia

Foto: CEPERS

Os(as) professores(as) brasileiros têm os menores salários entre os 45 países pesquisados no relatório Education at a Glance 2022, feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados apontam salários anuais de 14.345 dólares, abaixo de países com desenvolvimento semelhante, como a Colômbia, onde o salário mais baixo é de 23.619 dólares por ano.

O relatório da OCDE aponta que apenas a Eslováquia tem salários inferiores aos brasileiros. Mesmo assim, apenas para os(as) professores(as) que começam a trabalhar na pré-escola. Nesse caso, o salario inicial é de 13.549 dólares por ano. Após dez anos de atividade na pré-escola, o salário sobe para 15.457 dólares anuais, chegando a 21.622 dólares anuais para quem atua nos anos finais do ensino médio.

Na Colômbia, os salários chegam a 49.534 dólares anuais nos anos finais do ensino médio, enquanto no Brasil o valor se mantém o mesmo independentemente da fase da educação em que o(a) professor(a) atua. 

O relatório avaliou a situação do ensino emprego nos 38 países membros da OCDE, mais Brasil, Argentina, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul.

Nem nem – A pesquisa mostra  também que o Brasil é o segundo país com a maior proporção de pessoas com idades entre 18 e 24 anos que não trabalham nem estudam: 35,9% dos jovens estão nessa situação no país. Isso é o dobro da média dos países membros da OCDE, que é de 16,6%. Só a África do Sul tem um percentual maior que o Brasil, com 46,2%. A Holanda é o país com menos jovens nessa situação, com 4,6%.

O Brasil também é o segundo com a maior proporção de jovens por mais tempo nessa condição. Dos que estão sem emprego e sem trabalhar no país, 5,1% se encontram nessa situação há mais de um ano, o que indica uma falta crônica de oportunidades.

O relatório destaca ainda que, no Brasil, só 33% daqueles que acessam o ensino superior conseguem terminar a graduação dentro do tempo previsto. Quase metade (49%) só conclui o curso depois de três anos do prazo programado. O restante desiste da graduação ou termina em um tempo ainda maior. Segundo o estudo da OCDE, em todos os países analisados, a conclusão do ensino superior está associada a mais oportunidades de emprego e melhores salários.

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