Professoras paranaenses recebem homenagem da Universidade de Magalhães, no Chile

Professoras paranaenses recebem homenagem da Universidade de Magalhães, no Chile

As educadoras receberam o Selo Educacional Antártica, oferecido pelo Centro de Pesquisa Antártica GAIA

Três professoras da rede estadual do Paraná foram agraciadas pelo Centro de Pesquisa Antártica GAIA da Universidade de Magalhães do Chile com o Selo Educacional Antártica em janeiro deste ano.

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Além do Selo, que reconhece escolas com iniciativas de ensino de temas relativos ao continente, a professora Marlene Linz recebeu um certificado pela participação no Diploma em Assuntos Antárticos, destinado a professores(as) e acadêmicos(as).

Cláudia Gruber, secretária executiva de Comunicação da APP-Sindicato e professora de língua portuguesa do colégio Luiza Ross, de Curitiba, também esteve na comitiva que recebeu o Selo.

O projeto foi lançado há 10 anos em uma perspectiva regional, porém foi disseminado para outras regiões do país e, eventualmente, para outras nações. 

Os primeiros contatos internacionais foram com o Brasil, após o advento do programa “Rota do Iceberg”, que permite que as escolas trabalhem durante dois anos para desenvolver o conhecimento e a cultura da região antártica entre alunos(as) e professores(as).

Reconhecendo a importância do projeto, a Universidade de Magalhães recebeu as professoras Marlene Linz, que ministra aulas de biologia no colégio Euzébio Da Motta, Claudia Gruber e Marleuza Fernandes, do colégio Gratulino Freitas, de Guaratuba.

“O Selo Antártico Educacional coloca a escola em um patamar de destaque em estudo e reflexões sobre o continente gelado e, consequentemente, sobre problemas ambientais globais. O trabalho não se encerra com o recebimento do selo, pelo contrário, coloca a escola em uma posição de responsabilidade com a continuidade dos estudos referentes ao continente branco”, explica a professora Marlene Linz.

Claudia Gruber reforça que o projeto permite que os(as) estudantes conheçam de fato a Antártica, pensando o continente para além dos estereótipos.

“A Antártica é um lugar mágico e desconhecido para nossos alunos, que só vêem imagens de pinguins e neve. Pensam que só se resume a isso o lugar. Mas, com o projeto, eles puderam entender melhor toda a política de pesquisa e colaboração entre os países que há na Antártica”, explica.

Claudia ressalta ainda que o projeto permite que estudantes conheçam sobre a história, povos originários e sobre biomas existentes na região.

“Outra coisa super legal é a história dos povos originários que viveram lá é como eles têm semelhanças com os nossos povos originários. O bioma é outro espetáculo à parte. Há uma riqueza tanto de fauna e flora na Patagônia que faz com que os alunos vejam a natureza sob outra dimensão. Somos um país tropical e não estamos habituados à neve, às baixas temperaturas. Entender como se vive numa região como a Patagônia é um exercício de empatia e imaginação para os alunos e para nós”, finaliza a educadora.

Conheça o programa

O programa Selo Antártico Educacional, coordenado pelo professor Alfredo Soto Ortega do Centro de Investigação Gaia Antártica (UMAG – Chile) indica que as unidades que firmam acordo com a UMAG sigam a chamada “Rota do Iceberg”.

A rota consiste em atividades orientadas, uma vez por mês, iniciando em março até dezembro com atividades flexíveis e que devem ser adaptadas ao contexto escolar, regional e seguir a criatividade do professor. Essa “rota do iceberg” consiste em sugestões de conteúdos a serem explorados e atividades, bem como subsídios teóricos. 

Após estudo e desenvolvimento de atividades, os materiais são reportados ao centro de investigação Gaia Antártico via e-mail ou whatsapp, sem muita burocracia. O professor Alfredo Soto Ortega acompanha diretamente, mês a mês, as atividades e envia feedbacks aos(às) educadores(as) que ministram a rota.

“Isso nos dá uma grande segurança e espaço para criar, dar e receber sugestões, ou seja, cria-se uma parceria que nos possibilita persistir dois anos com grande tranquilidade e mantém o desejo de continuidade. O vínculo é mantido independentemente de completar os dois anos da “rota do iceberg””, conta Marlene Linz.

Para maiores informações, acesse o link

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