A professora PSS gestante da rede de ensino do Paraná, Bruna Rodrigues Martins, de São Carlos do Ivaí (NRE de Paranavaí), conversa com a APP-Sindicato e fala sobre a retirada de direitos e a situação em que ela e muitas gestantes se encontram após a publicação da Resolução de Distribuição de Aulas para 2021, do governo do Paraná, gestão Ratinho Junior (PSD) e do secretário da Educação, Renato Feder.
“Tive meu contrato prorrogado devido à gestação. Em novembro, assinei um termo de estabilidade provisória. No termo diz que a minha remuneração é condicionada com a existência de vaga para suprimento. A vaga existe, como em todos os anos, e gestantes têm prioridade em relação aos demais PSS. Porém, a Resolução imposta pelo governador Ratinho Junior diz que PSS gestante do grupo de risco não poderá assumir aulas na pandemia. Ou seja, ficarei sem remuneração e só receberei a licença-maternidade. Não só eu, mas são inúmeras gestantes que estão em desespero. Afinal, sabemos que existem leis que nos amparam, mas, o governador não está cumprindo a legislação. Inclusive, é contra a Constituição Federal que protege o direito fundamental à vida e à dignidade, ou seja, sem salário e sem dignidade. Preciso do meu emprego e do salário. Só quero o meu direito garantido”.
Governo do Paraná e a retirada de direitos – O secretário Executivo da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI da APP-Sindicato, Clau Lopes, que também é professor PSS, reforça a violação da retirada de direitos do governo opressor. “Temos também o debate do machismo em não compreender o princípio de uma gestante. Nós, enquanto Sindicato, denunciamos a todo momento. São muitos ataques na atual conjuntura em que, muitas vezes, não se respeita a lei. Por isso, a importância da luta da categoria. Já faço um convite para que se somem a nós na greve do dia 18 de fevereiro. PSS está em pauta e em greve”.
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