A privatização da aposentadoria fracassou na maioria dos países que adotaram o sistema de capitalização que o governo Bolsonaro (PSL) que implantar no Brasil. A conclusão é de um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta segunda-feira (11).
Segundo o estudo, de 1981 a 2014, trinta países privatizaram total ou parcialmente seus sistemas de previdência social obrigatórios, mas os impactos sociais e econômicos do sistema foram tão negativos que a única saída foi voltar atrás e reestatizar total ou parcialmente a Previdência.
Entre os problemas mais graves, o estudo da OIT mostra que ocorre aumento da desigualdade de gênero e de renda, custos altos de transição e administração, rendimentos e valores das aposentadorias baixos. Por outro lado, de acordo com os pesquisadores, os únicos que ganharam com a privatização foi o sistema financeiro.
Para os técnicos da OIT, o que melhora a sustentabilidade financeira dos sistemas de previdência, o nível de prestações garantidas e permite às pessoas usufruir de uma melhor vida na aposentadoria é o fortalecimento do sistema público de seguridade social. A recomendação é o oposto da escolhida pelo governo Bolsonaro.
A capitalização exige que o trabalhador abra uma poupança pessoal onde terá de depositar todo mês para conseguir se aposentar. A conta é administrada por bancos, que cobram taxas e ainda podem utilizar parte do dinheiro para especular no mercado financeiro.
O garante a segurança de renda na idade avançada é o fortalecimento de sistemas públicos de previdência, dizem os técnicos.
:: Leia a íntegra:
Conclusões do estudo, em português
Íntegra do estudo, em espanhol
Com informações de Marize Muniz / CUT Nacional