Prefeitos acolhem iniciativa da APP-Sindicato para barrar volta às aulas presenciais no Paraná

Prefeitos acolhem iniciativa da APP-Sindicato para barrar volta às aulas presenciais no Paraná

Intensificar os contatos com prefeitos para mostrar os risco das aulas presenciais é uma das deliberações da assembleia on line da APP-Sindicato realizada no dia 30 de abril

A APP-Sindicato tem procurado prefeitos em todo o Paraná, para expor seus argumentos contra a volta às aulas presenciais imposta pelo Governo Ratinho Jr em parte da rede pública estadual. No Núcleo Sindical de Arapongas, esse trabalho tem encontrado acolhida entre os prefeitos – dos seis contactados nas duas últimas semanas, dois publicaram decretos vetando volta às aulas e quatro concordaram com os argumentos da APP, mas não vão proibir oficialmente as aulas presenciais, para não melindrar o negacionismo do governador Ratinho Jr em relação à pandemia. “Em Kaloré e Faxinal falamos com os prefeitos por zap e nem foi preciso reunião, já criaram o decreto. Em Marilândia do Sul, Apucarana, Arapongas e Califórnia a receptividade também foi boa”, relata Tiago Nogueira, representante do Núcleo Sindical da APP em Apucarana.

Intensificar os contatos com prefeitos para barrar a volta às aulas presenciais é uma das deliberações da assembleia on line da APP-Sindicato realizada no sábado (30). O Núcleo Sindical de Apucarana tem reunião agendada na Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), para tentar apoio para contornar as imposições do governador Ratinho Jr e barrar a volta às aulas presenciais nas escolas da rede pública estadual. As abordagens e os esclarecimentos aos prefeitos prosseguem. “Temos vários pedidos de audiência aguardando resposta nos próximos dias”, relata Tiago.

Nos encontros com com prefeitos, os líderes sindicais têm apresentado estudo epidemiológico sobre o Paraná, realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que aponta sério risco de agravamento da pandemia de Covid 19 caso sejam retomadas as aulas presenciais. O estudo aponta que a volta às escolas só é segura com vacinação de 70% da população e de todos os profissionais da Educação. A APP-Sindicato reforça a importância da Greve pela Vida, último recurso disponível para proteger a categoria e as comunidades escolares da insanidade do governador Ratinho Jr ao impor a volta às aulas presenciais no auge da epidemia no Paraná.

Na visita ao prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, os dirigentes dos núcleos sindicais da APP de Apucarana e Arapongas trataram de três temas principais: retorno das aulas presenciais na rede estadual e municipal; vacinação dos(as) educadores(as) e concurso para professores(as) do município. Segundo Onofre, as aulas da rede municipal só retornarão quando todos os profissionais da educação estiverem vacinados contra a Covid 19. O prefeito se comprometeu a conversar com o governador Ratinho Jr para recomendar que as aulas não voltem neste momento, principalmente devido ao alto índice de casos e o perigo de aumentar a contaminação.

Em Marilândia do Sul, o prefeito Aquiles Takeda se mostrou favorável ao posicionamento da APP, de esperar a vacinação dos(as) educadores(as) para dar início às aulas presenciais. O funcionamento das escolas municipais de Marilândia também está suspenso e os(as) alunos(as) seguem com as aulas remotas. O prefeito de Califórnia, Paulo Mendes, recebeu da presidenta do NS de Apucarana, Marlene Pavani, um alerta sobre os grandes riscos da volta às aulas presenciais. “Fomos muito bem recebidos pelo prefeito, que ouviu nosso posicionamento e concordou com nossos argumentos. Tivemos uma resposta positiva por parte da Prefeitura de Califórnia”, relata Marlene.

As direções dos núcleos sindicais da APP de Apucarana e Arapongas visitaram também o NRE para apresentar a Nota Técnica do INPA sobre a epidemia no Paraná. Mais uma vez foi ressaltado o risco de voltar às aulas presenciais em um momento que pode iniciar a terceira onda de contágio na pandemia, enquanto as UTIs de todo o Estado estão lotadas. Os dirigentes explicaram a importância da Greve pela Vida, que protege educadores(as), estudantes e suas famílias, enquanto as aulas online, como está sendo feito há mais de um ano.

 

 

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