Postura autoritária do governador faz aumentar adesão à greve

Postura autoritária do governador faz aumentar adesão à greve

Nesta sexta-feira (28) tem protesto em frente a Seed, na capital, e nos Núcleos Regionais de Educação, no interior

Servidores(as) mobilizados em frente ao Palácio Iguaçu - Foto: APP-Sindicato

A greve dos(as) servidores(as) públicos continua aumentando a adesão das categorias do funcionalismo estadual. O levantamento da APP-Sindicato é de que 85% das escolas estaduais estão paradas parcial ou totalmente.

Nesta quinta-feira (27), terceiro dia da paralisação, docentes e funcionários(as) de diversas universidades estaduais também cruzaram os braços. Em Curitiba, pela manhã, houve ato em frente ao Palácio Iguaçu para cobrar a humanização das perícias médicas.

Na parte da tarde, uma aula pública em frente ao Palácio Iguaçu abordou o Projeto de Lei Complementar 4/2019, de autoria do governador, que, se for aprovado, vai autorizar que o governo deixe de pagar a data-base e outros direitos, como progressões e promoções de carreira.

Para o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, Ratinho Junior está reproduzindo os mesmos erros do seu antecessor, Beto Richa (PSDB). “O governador está agindo de forma autoritária e desrespeita os servidores ao afirmar que apenas sindicalistas estariam em greve”, disse.

O dirigente acrescentou que a postura de Ratinho tem aumentado a indignação dos(as) trabalhadores(as) e, consequentemente, a adesão à greve. “Nossa greve é por direito, por respeito, em defesa de um melhor atendimento à toda a população, e não contra o governador que foi eleito para cumprir as leis”, destacou.

Próximos atos

Para esta sexta-feira (28), na capital o protesto será realizado em frente a Secretaria da Educação (Seed), a partir das 7h30. No interior, os atos serão em frente aos Núcleos Regionais de Educação.

Na próxima segunda-feira (1º), uma grande manifestação está programada em Curitiba, com a participação de trabalhadores(as) de todas as regiões do estado.

Depende do governador

De acordo com o comando da greve, a paralisação é provocada pelo governador. Durante a campanha eleitoral, Ratinho Junior (PSD) prometeu se reunir com os sindicatos e pagar a reposição salarial dos(as) servidores(as) em um dos primeiros atos do seu governo.

Passados mais de seis meses da gestão, o chefe do Executivo tem adiado sucessivamente o compromisso e tem negado os pedidos de reunião com as lideranças sindicais. A data-base venceu no último dia 1º de maio.

A mobilização reivindica o pagamento da reposição salarial de 4,94%, referente a inflação dos últimos 12 meses. Os(as) trabalhadores(as) estão com os rendimentos congelados desde 2016. As perdas acumuladas passam de 17%. O prejuízo é equivalente a não receber mais de dois meses de salário por ano.

: Pauta unificada

Pagamento da Data-base;
Retirada do Projeto de Lei Complementar 4/2019 da ALEP que destrói a carreira do funcionalismo público estadual;
Abertura de concurso público;
Defesa da Previdência Pública;
Humanização da perícia médica no Estado;
Melhores condições de atendimento da saúde dos(as) servidores(as);
Garantia do direito de greve e retirada das faltas atribuídas ilegalmente;
Concessão de licenças especiais.

:: Eixos da pauta específica

1) Contra o Desmonte da Escola Pública.
2) Melhores Condições de Trabalho.
3) Valorização Profissional.
4) Defesa da Previdência Pública.

Pauta Específica:
• defesa do Piso Nacional;
• realização de concurso público e manutenção do processo de seleção de professores(as) PSS, conforme vigência atual;
• pagamento do piso mínimo regional e reajuste do auxílio-transporte e alimentação para os(as) funcionários(as) de escola;
• manutenção, conforme o previsto em lei, do processo de eleição de diretores(as) de escolas;
• defesa da jornada de trabalho em horas-aula para os(as) professores(as), pedagogos(as) e readaptados(as) e da hora-atividade;
• contra o intervencionismo pedagógico nas escolas (tutorias, Prova Paraná, controle de frequencia dos(as) estudantes, pressão por resultados, Escola Segura entre outros.)
• abertura de novas turmas do PDE e manutenção do Pró-funcionário, que são programas estruturais e permitem avanços na carreira.

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