Servidores(as) públicos(as) aprovaram, em plenária realizada nessa quarta-feira (16), um calendário de mobilizações e trabalho de base para a construção de uma greve geral em defesa dos serviços públicos e da recomposição salarial de 34%. No calendário, consta um indicativo de paralisação no dia 29 de abril e ato no dia 1º de maio em Foz do Iguaçu.
A plenária aconteceu à tarde, depois de um ato unificado dos(as) servidores(as) diante do Palácio Iguaçu pela manhã, em defesa da correção da Data-Base. O dia também marcou o Dia de Mobilização Nacional em Defesa da Educação, convocado pela CNTE.
Entre os encaminhamentos aprovados na plenária, está a ida de sindicalistas do FES às bases das categorias para conscientizar sobre a luta unificada dos(as) servidores(as).
Serão realizadas de cinco a sete plenárias regionais. Outra decisão é intensificar as “recepções” ao governador, com protestos aonde ele for.
A unidade na luta pela Data-Base foi saudada como um avanço pela presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto. “Temos aqui 15 sindicatos e o FES vai mostrando o resultado da construção da unidade dos(as) servidores(as) nas pautas que nos são comuns”, afirmou na plenária.
“O mais importante é que estamos unificados para essa luta na defesa do serviço público e dos servidores”, disse Walkiria. Ela observou que o Governo Ratinho Jr promove o desmonte do serviço público e o favorecimento de empresas por meio de terceirizações.
A presidenta da APP lembrou que o Governo aprovou a extinção da carreira de funcionários(as) de escola em abril de 2020, iniciando um processo de terceirização em plena pandemia de Covid19, um mês após o início do isolamento social.
“Estamos no segundo ano dessa terceirização e é o caos. Os(as) funcionários(as) recebem menos e faltam trabalhadores(as) na escola. Essa terceirização custou mais aos cofres públicos”, afirmou Walkiria. “Qual é a lógica disso?”, questionou.
A ânsia do governador por colocar o Paraná em primeiro lugar no ranking do Ideb está desorganizando as escolas e adoecendo os(as) educadores(as), ressaltou Walkiria. “O governador decidiu que o Paraná iria para o primeiro lugar no Ideb, só que para isso ele tem sacrificado as nossas escolas e surrado os números para chegar aonde quer”, disse.
“Para chegar ao índice do Ideb, fazem qualquer negócio. Aí entram as premiações e as punições, as pressões e a vigilância. O adoecimento da nossa categoria está muito alto, pois vivemos a política do vigiar e punir. Além do desmonte das carreiras e do reajuste salarial de 3%, temos ainda um ataque sobre o modelo de escola pública que a gente defende há tanto tempo e estamos construindo no dia a dia”, concluiu Walkiria.
Confira o calendário
1. Continuidade do trabalho de base em dias unificados
2. Plenárias regionais
3. Recepções ao Ratinho
4. Indicação de paralisação/mobilização para o 29 de abril
5. 1º de maio em Foz do Iguaçu
6. Outras atividades