O governo do Paraná loteou o estado e entregou os ‘feudos’ para 13 empresas, que ganham dinheiro fácil com contratos de terceirização de mão de obra nas escolas estaduais. O gasto total chega a R$ 422,796 milhões em um ano; quase meio bilhão de reais.
Os contratos custarão R$ 178 milhões a mais do que o gasto previsto com os 9,7 mil funcionários(as) PSS demitidos(as) em 2021. A maior parte dos contratos – 82% – é emergencial, firmados sem a concorrência de um processo licitatório, o que eleva seus valores.
“O Governo vai gastar quase meio bilhão de reais em um ano para termos serviços piores e piores condições de trabalho do que com os(as) funcionários(as) PSS”, constata Nádia Brixner, secretária de Funcionários(as) da APP-Sindicato.
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Ela destaca que 30% dos 11 mil funcionários(as) terceirizados(as) que o governo diz ter disponibilizado nas escolas foram contratados(as) para trabalhar 20 e não 40 horas por semana. “O resultado é que temos nas escolas menos funcionários(as) que o necessário”, afirma.
Além da sobrecarga de trabalho, dos salários menores e dos direitos precários, a APP tem recebido inúmeras denúncias de atrasos nos salários e desconto do valor do vale-alimentação.
“No Paraná estamos vivenciando uma experiência muito dura com a terceirização. É um projeto de governo que entrega dinheiro público a empresários para prestarem um serviço público, mas o ganho é privado”, continua Nádia. “Por isso lutamos pela revogação da Lei da Terceirização e pela realização imediata de concurso público para funcionários(as) de escola”, conclui.
Saiba mais sobre o tema no programa especial sobre terceirização do “Funcionários(as) em Foco”.