Ao longo desta quarta-feira (01) a APP-Sindicato preparou algumas matérias que expõem a dura realidade dos(as) educadores(as) paranaenses. A data, primeiro de abril, não poderia ser mais propícia, afinal a categoria tem convivido com as mentiras constantes deste atual governo.
Uma delas, que afeta diretamente o bolso de todo funcionalismo foi a promessa que o governador do Estado fez em honrar a Lei da data-base, que estipula que o salário dos(as) servidores(as) públicos estaduais deva ser anualmente ajustado de acordo com a inflação anual, conforme acontece com o salário mínimo regional e com a iniciativa privada.
Em maio de 2018 Ratinho também concedeu entrevista ao vivo no canal de TV de seu pai e afirmou:. “já houve um sacrifício muito grande dos servidores públicos nesses últimos dois três anos. Tem que ter haver agora um avanço para que, no mínimo, a data-base, que é a inflação dos últimos 12 meses, próximo de 3%, possa ser discutida com os servidores”, disse na época.
No entanto, a realidade pós período eleitoral foi bem diferente. Os(as) servidores(as), que estavam sem a reposição desde 2016 e já amargavam quase 17% de defasagem salarial receberam, de um comunicado do governador feito à imprensa a notícia que os salários continuariam congelados por mais um ano.
A notícia levou as categorias à organizar uma greve que começou em 25 de abril de 2019. Somente em junho o governo anuncia, novamente à imprensa e não formalmente aos(às) servidores(as) que concederia 0,25% de reajuste. No dia 9 de julho, diante do desrespeito com o salário dos(as) trabalhadores(a) e do descaso com o trabalho da comissão de negociação, a categoria ocupa a Assembleia Legislativa do Estado para cobrar dos(as) deputados(as) apoio para o pagamento de, pelo menos, a reposição da inflação do ano de 2019 (4,94%).
A mobilização foi o primeiro grande desgaste da imagem pública do governador com a sociedade paranaense. Noticiada massivamente dentro e fora do Estado, a organização e resistência dos(as) trabalhadores(as) garantiu o compromisso do pagamento de parte do que era devido pelo Estado: a reposição de 2% para janeiro de 2020 (1,5% para janeiro de 2021 e 1,5% para 2022).
Outro avanço importante foi a retirada do PLC 04/2019. Caso fosse aprovado, os(as) servidores(as) perderiam o direito à data-base e avanços na carreira por mais 20 anos.
Longe de ser o cenário ideal, mas um avanço diante da tirania do governador Ratinho Jr. a proposta foi aceita em assembleia da categoria e garantiu uma pequena parte do que é direito dos(as) educadores(as). A batalha pelo cumprimento desse e de outros direitos dos(as) profissionais de educação continua.
:: Para se eleger, Ratinho assinou compromisso em pagar a data-base
:: Pela data-base, servidores(as) resistem na Assembleia Legislativa