Diferente do que apresentou durante sua campanha, Ratinho Junior derruba a cada dia mentiras construída para chegar ao poder. Quebrando a promessa de valorizar e melhorar a qualidade da educação, feita em inúmeras ocasiões, Ratinho acentuou a política de maldades de seu ex-chefe, Beto Richa (PSDB) e ataca professores(as), funcionários(as) de Escola e estudantes. Sem nunca ter sentado com os(as) representantes dos Sindicatos paranaenses (outra promessa quebrada), Ratinho e o secretário da Educação e Esportes, o empresário Renato Feder, iniciaram uma política empresarial na educação baseada na busca de resultados.
Educação para inglês ver
O governador e o secretário defendem que para se ter uma educação de qualidade, é necessário alcançar números e cumprimento de metas, sem de fato aplicar uma política educacional efetiva. Um exemplo claro desta tentativa de maquiar a situação da educação com a aplicação da Prova Paraná.
Já estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), sofrem com as ameaças de fechamento de turmas da modalidade e a aplicação do ensino a distância (EaD) para o modelo. Esta medida afasta ainda mais os(as) alunos(as) da chance de acessar uma educação de qualidade e impede que estudantes da EJA concluam seus estudos.
Pressão nas escolas
Além da tentativa de maquiar dados e vender uma imagem que não condiz com a realidade dos(as) estudantes paranaenses, o governador pressiona ainda mais os(as) Educadores(as) da rede estadual, sem promover uma política de valorização da categoria.
Ratinho está descumprindo a legislação da hora-atividade, reduzindo o tempo que os(as) professores(as) precisam para preparar aulas e corrigir as atividades, e ainda alterou, de forma ilegal, a jornada dos(as) pedagogos(as) e readaptados(as).
Usando o Registro de Classe Online (RCO), outra medida autoritária, o governo força professores(as) a seguir o cronograma de prazos e temas eleitos pela Seed com o novo padrão de ensino. Junto com o Currículo da Rede Estadual do Paraná (CREP), Ratinho fere a autonomia pedagógica e a gestão democrática nas escolas.
O Sindicato vem apontando os riscos da homogeneização curricular desde a Edição Pedagógica de 2019 e busca a suspensão de iniciativas como a do nivelamento, a Prova Paraná, a Tutoria Escolar, o Se Liga e o CREP.
Professores PSS na mira
O governador também tentou impor um novo modelo de avaliação para o Processo Seletivo Simplificado (PSS), o qual consistia em aplicação de uma prova. “Nós não aceitamos prova para PSS, pois essa ideia do secretário é só burocracia e não resolve em nada os problemas da educação. Isso apenas encarece o processo, tanto para o Estado, quanto para os professores. É algo desnecessário. A prova que defendemos e cobramos é o concurso público para atender toda a demanda de trabalho nas escolas”, diz o presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Silva Leão.
Renato Feder também promoveu uma demissão sem justificativa de professores(as) contratados(as) do regime, o que gerou mais insegurança para estes trabalhadores(as) que já sofrem com a fragilidade deste tipo de contrato.
APP-Sindicato se mantém na luta
A direção estadual da APP-Sindicato enfatiza que continuará lutando contra as políticas do governador, pois não é com a retirada de direitos e com autoritarismo que a educação pública trará resultados. “Temos que reforçar a denúncia sobre os ataques aos direitos e a postura muito autoritária, que se aprofundou desde o ano de 2019. Nós continuaremos atentos na defesa da educação pública de qualidade”, destacou Professor Hermes Leão.
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