A APP-Sindicato recebeu com indignação a notícia do assassinato brutal que tirou a vida da professora Viviane Alécio Brun, aos 43 anos, na madrugada desta quarta-feira (27), em sua residência no município de Umuarama. Ela era PSS e lecionava a disciplina Arte na Escola Estadual do Parque San Remo.
Segundo informações das autoridades policiais, o crime teria sido cometido pelo ex-companheiro da vítima, Eberson Merci, de 40 anos, na frente de um menino autista de 6 anos, filho de Viviane. Em um áudio divulgado na imprensa, ele confessa o crime.
Antes de matar a professora com um tiro na cabeça, o criminoso alvejou a filha dela no rosto. De acordo com as informações, a jovem, de 21 anos, passou por cirurgia para retirada da bala do maxilar, e segue internada em estado grave em um hospital de Umuarama.
Lamentavelmente, Viviane é mais uma brasileira que entra para as estatísticas das vítimas de feminicídio. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que o Brasil bateu recorde de feminicídios em 2022, com uma mulher morta a cada 6 horas.
Os números expõem uma das faces nojentas de uma sociedade ainda estruturada pelo machismo e pela misoginia, pensamentos esses que, por séculos, fomentam a ideia de que os homens teriam o direito de abusar, agredir, ofender e até tirar a vida de uma mulher.
A APP, por meio da sua Secretaria da Mulher Trabalhadora, presta os mais profundos sentimentos de pesar e solidariedade e enviamos nosso carinho à família da professora Viviane, seus amigos e à comunidade escolar.
Reiteramos nossa cobrança para que as autoridades apurem todas as circunstâncias dessa crueldade e apliquem todas as medidas que o caso requer, inclusive no que se refere ao fortalecimento das políticas públicas para superação de todas as violências contra as mulheres.
Parem de nos matar!
Professora Viviane, presente!