A Direção Estadual da APP-Sindicato está convocando a categoria para participar da Assembleia Estadual Extraordinária que será realizada no próximo sábado (12), de forma on-line. Professores(as) e funcionários(as) de escola vão debater sobre uma paralisação estadual no dia 29 de abril e avaliar o andamento das negociações com o governo sobre as pautas da campanha salarial. A assembleia terá início às 8h30, por meio da plataforma de videoconferência Zoom.
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A proposta de paralisação tem objetivo de fazer memória dos 10 anos do Massacre do Centro Cívico e intensificar a pressão no governo para o atendimento das reivindicações por melhores salários e condições de trabalho. A indicação de representantes da APP para o Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CEAE) e informes também fazem parte dos temas que serão tratados na assembleia. Confira a pauta completa no final da matéria.
A convocação da reunião extraordinária foi um dos encaminhamentos da assembleia ordinária realizada no dia 22 de fevereiro, em que os(as) educadores(as) aprovaram a campanha salarial e o calendário de lutas. Neste período, a direção da APP já realizou reunião com o secretário da Educação, Roni Miranda, onde apresentou as reivindicações e debateu soluções para o governo atender os pedidos.

Em outra frente, comitivas de dirigentes fizeram mobilizações na Assembleia Legislativa, para sensibilizar e pedir o apoio dos(as) deputados(as) estaduais. Nas agendas com os(as) parlamentares, as lideranças sindicais apresentaram informações que demonstram em números a precariedade que se encontra a carreira dos(as) trabalhadores(as) da educação.

O trabalho de base, com visitas nas escolas, também foi intensificado em todo o estado. Os educadores(as) estão recebendo materiais elaborados pela APP, divulgando detalhes das pautas da campanha salarial e orientações para a fortalecer a mobilização da categoria.

Participe da assembleia
Os(as) professores(as) e funcionários(as) de escola sindicalizados(as) precisam fazer uma inscrição para participar da assembleia. O processo é simples e rápido. O primeiro passo é acessar o site da APP-Sindicato (www.appsindicato.org.br) e clicar no menu “Minha Sindicalização”. Após efetuar o login, clicar em “Inscrições”, escolher a aba “Assembleia Estadual” e, em seguida, efetivar a inscrição.
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Campanha salarial
Além de cobrar a data-base, para garantir a reposição salarial das perdas da inflação, a pauta central dos(as) educadores(as) exige o pagamento do piso nacional do magistério, com aplicação na tabela do plano de carreira, para professores(as) da ativa, PSS e aposentados(as) com e sem paridade, abertura de novas vagas para o PDE, a equiparação salarial para professores(as) e funcionários(as) de escola com as tabelas dos(as) servidores(as) de outras categorias profissionais e que a cobrança do desconto previdenciário seja aplicada somente nos valores acima do teto do INSS.

No calendário de lutas, a categoria aprovou a realização de atividades e ações em defesa da escola pública e por melhores condições de trabalho. A luta é contra o avanço da privatização e da plataformização do ensino, pela promoção de saúde mental dos(as) educadores(as) e por um modelo do SAS que funcione, em defesa da gestão democrática das escolas.
Conselho Estadual
Todos os itens da pauta da assembleia extraordinária serão previamente estudados pelos integrantes do Conselho Estadual da APP-Sindicato. O colegiado se reúne nesta quinta-feira (10), a partir das 18h30, de forma on-line, utilizando plataforma de videoconferência.
Conforme publicado em edital, as reuniões da Assembleia Estadual e do Conselho Estadual têm como pauta os seguintes itens: 1. Informes, 2. Pauta da categoria, 3. 29 de abril – paralisação / greve, 4. Calendário de lutas e mobilizações; 5. Indicação de representantes junto ao Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CEAE); e 6. Outros Assuntos.
10 anos dos Massacre do Centro Cívico
O dia 29 de abril de 2015 é um dia histórico para os(as) trabalhadores(as) da educação pública do Paraná. Nesta data, centenas de professores(as) e funcionários(as) de escola ficaram feridos após serem alvejados com bombas de gás e balas de borrachas disparadas pela Polícia Militar. A operação foi autorizada pelo então governador Beto Richa e seu secretário da Segurança Pública, Fernando Francischini, como forma de repressão a uma manifestação pacífica contra a retirada de direitos. A ação causou repercussão mundial e ficou conhecida como Massacre do Centro Cívico.
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