Pagamento em dia é luta da APP e obrigação do governo

Pagamento em dia é luta da APP e obrigação do governo


De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), o governo anunciou a implantação das promoções e progressões de 2017 para os(as) servidores(as) públicos(as) na folha de agosto. Apesar de divulgar como uma benesse, a implantação de promoções e progressões é garantida por lei nos planos de carreira de professores(as) e funcionários(as), com pagamento imediato.

No início de junho, um cronograma foi divulgado pelo Estado com o pagamento da dívida de progressões e promoções desde 2015. O secretário de Comunicação da APP-Sindicato, o funcionário de escola Luiz Fernando Rodrigues, ressalta que não pagar em dia um direito dos(as) educadores(as) demonstra a falta de valorização que o governo tem com a educação. “Os funcionários e professores se capacitam anualmente com cursos e formações, mas, mesmo assim, o governo nunca fez o pagamento em dia. Neste semestre, o Estado está pagando os valores devidos desde 2015. Quando um cidadão deve ao governo, imediatamente o Estado corta os serviços e cobra pagamento com juros e correção monetária. Entretanto, o mesmo Estado que não faz a correção monetária necessária e aplica um calote nos servidores”, ressalta Luiz. Segundo Rodrigues, o sindicato espera que o pagamento previsto para Outubro, data da progressão dos(as) professores(as) também seja realizado em dia.

Data-base – O calote do governo do Paraná se estende também à data-base. O Fórum das Entidades Sindicais (FES) pediu que o governo apresente imediatamente uma proposta de pagamento da reposição inflacionária. O governo, no entanto, se nega a pagar, gerando perda de salário real para os(as) trabalhadores(as). “Já são mais de 8,5% acumulados há 1 ano e meio. Tudo subiu de preço: o arroz, o feijão, a gasolina, o salário mínimo, mas o salário dos servidores não teve reposição”, relembra o secretário.

30 de agosto – Em Assembleia Estadual, os(as) educadores(as) votaram e aprovaram paralisação no dia 30 de agosto. Além de ser um dia de luto, a luta dos(as) educadores(as) é também por respeito aos direitos da categoria. A implementação das progressões e promoções  de aposentados(as), que tiveram esses direitos não atendidos durante o efetivo exercício, é um ponto da pauta estadual que a categoria exige o cumprimento imediato, além do pagamento da data-base. “É um dia histórico da educação paranaense. Histórico não só por estarmos de luto com as violências físicas que sofremos, mas porque a violência diária também está nos ataques aos nossos direitos. Queremos que o governador nos receba e cumpra com a pauta de reivindicações da escola paranaense”, finaliza Luiz.

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