Outra Educação é Possível: após três dias de debates, chega ao fim o Congresso da APP

Outra Educação é Possível: após três dias de debates, chega ao fim o Congresso da APP

Sob o lema “Outra Educação Possível”, mais de 700 educadores(as) discutiram propostas em grupos de trabalho, que foram votadas e aprovadas

Fotos: Altvista / APP-Sindicato

Chega ao fim na manhã deste sábado (13), o 14º Congresso Estadual da APP-Sindicato. Foram três dias de debates sobre as ações que deverão orientar a luta dos(as) educadores(as) nos próximos quatro anos contra os retrocessos na educação e por uma escola pública humanizadora, de qualidade e libertadora. Mais de 675 emendas retiradas dos Congressos Regionais foram apreciadas durante o encontro.

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Sob o lema “Outra Educação Possível”, mais de 700 professores(as), funcionários(as) de escola, estudantes e membros da comunidade escolar discutiram propostas em grupos de trabalho, que foram votadas e aprovadas para serem incorporadas na jornada de lutas do Sindicato. As proposições englobam pautas de aposentados(as), funcionários(as) de escola, valorização salarial, a luta contra a privatização e militarização de escolas públicas, promoção da saúde de educadores(as) e a defesa das carreiras.

Além das pautas específicas relacionadas às condições de trabalho, o plano de lutas é composto por diretrizes que orientam a atuação sindical nas políticas permanentes de relações étnico-raciais, mulher trabalhadora, direitos LGBTI+ e juventude.

 A presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, disse que para além dos debates, a parte mais importante do Congresso é o compartilhamento de experiências e da vivência de educadores(as) de várias partes do estado, país e do mundo.

“Quem participa da luta tem companheiros no mundo inteiro, porque vocês não se conheceriam se não fosse a luta deste sindicato. Então são pessoas que vocês conheceram, tiveram o prazer de ouvir, são trabalhadores e trabalhadoras da educação que puderam compartilhar a experiência. É assim que a gente faz a luta”, completa.

Walkiria reforça que essa união é fundamental para que seja possível construir uma sociedade inclusiva e igualitária. 

“Tivemos o lançamento do movimento “Não Venda a Minha Escola”, que ampliou para além da educação a nossa luta. Nós tivemos o apoio de outras categorias como os metalúrgicos e outros sindicatos, que junto de sua categoria anunciaram a adesão ao movimento. Então nós vamos ampliando a força quando outros se agregam as nossas pautas  a defesa da escola pública”, finaliza Walkiria.

Por fim, com a cantiga “desenrola, bate e pisa no ratinho”, as crianças que participaram do Congressinho da APP realizaram uma apresentação sob a supervisão do grupo Mirabólica, que realizou, por três dias, atividades pedagógicas com os(as) pequenos(as).

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Não Venda a Minha Escola

O lançamento do movimento é uma resposta ao projeto de privatização das escolas públicas, promovido por Ratinho Jr a partir do Projeto Parceiro da Escola, aprovado em junho deste ano. Segundo a medida, o governo pretende entregar 204 escolas nas mãos da iniciativa privada, subvertendo a proposta de educação pública e entregando verbas para empresas.

Após a aprovação da lei, as comunidades escolares votarão em suas regiões se aceitarão ou não o modelo nas escolas selecionadas pelo governo.

No lançamento, deputados(as), representantes do movimento estudantil e sindicatos que lutam pela educação pública discursaram e garantiram a sua união na luta contra a aprovação da privatização nas comunidades escolares.

14º Congresso Estadual da APP

O encontro é um dos maiores eventos do país sobre educação. Mais de 700 professores(as) e funcionários (as) de escolas de todas as regiões do Paraná participam da programação que vai até sábado (13), no Expotrade Convention Center. Derrotar o projeto “Parceiro da Escola”, proposto pelo governador Ratinho Jr. para privatizar escolas públicas, é uma das pautas que serão debatidas.

O evento promove uma intensa agenda de análises de conjunturas internacional, nacional, sindical, educacional e estadual, e também formula a tese que orienta as lutas para os próximos quatro anos.


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