No final de 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou oficialmente o período entre 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2024 como a “Década Internacional dos Afrodescendentes”. O período será utilizado para aprofundar os debates e as iniciativas de combate ao racismo no mundo.
Para a secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Reis Nogueira, o reconhecimento do problema como uma questão estrutural da sociedade mundial é necessário para que se estabeleçam ações internacionalizadas de combate ao preconceito. “Há questões raciais diferentes de acordo com a região do planeta: preconceito contra negros, contra ciganos. Cada preconceito, com sua especificidade, reproduz uma lógica de exclusão, de desigualdade, que não está de acordo com a ideia de comunidade globalmente igualitária que defendemos. Reconhecer a década é reconhecer que há o problema e que há disposição para luta”.
Durante o evento de lançamento da “Década Internacional dos Afrodescendentes”, em dezembro, o presidente da Assembleia Geral, Sam Kutesa, destacou que “as pessoas de descendência africana sofrem racismo em todos os países” e que os próximos 10 anos vão permitir uma reavaliação das práticas sociais e políticas que têm impacto negativo sobre essa população. Segundo ele, deve haver predisposição dos Estados para a formação social contra o preconceito.
O Brasil estava representado pela então ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil (SEPPIR), Luiza Bairros.
Em janeiro, houve a posse da nova ministra da pasta, Nilma Lino Gomes, docente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestra em Educação, doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutora em Sociologia pela Universidade de Coimbra.
Fonte: CNTE | ONU